MC Daleste deve ser homenageado em clipe de MCs.

(Foto/Divulgação)
MCs planejam um clipe conjunto para homenagear o MC Daleste e pedir paz nos bailes. “A ideia é juntar o máximo de MCs”, diz MC Nego,  da dupla Samuka & Nego, autores de “Luxo e Camarote”. “A morte do Daleste mexeu demais com a gente.” Após o assassinato, ele e Samuka cancelaram um show. “Fomos direto ao velório.” Outros MCs fizeram o mesmo. A informação é do jornal "Diário de S. Paulo".

(MC Daleste/ Facebook)
De acordo com a publicação, nos bastidores, os artistas discutem alternativas para os shows de rua. Alguns  defendem a legalização dos bailes – o que  ampliaria a estrutura de segurança, tornando obrigatória a presença de ambulâncias, por exemplo. O show de Daleste não estava regularizado. No ano passado, a Liga do Funk, associação dos artistas do gênero, já havia anunciado a intenção de  negociar a regulamentação com vereadores.

DJ Daan, produtor em Indaiatuba, afirma que a onda de crimes tem alterado a rotina dos MCs. “Desde o ano passado, quando aconteceram os casos da Baixada, eu tenho feito shows fechados”, diz. Já MC Gimé, autor de “Plaque de 100”, teria se apresentado com seguranças.

Em 2012, além das execuções de MC Primo e MC Careca, na Baixada Santista, outro artista sofreu um atentado: Julio  Ferreira, o MC Neguinho do Caxeta, foi baleado ao deixar um restaurante. E MC Léo da Baixada teria sofrido ameaças.


“Acho que, além da homenagem, o clipe vai ajudar a unir os MCs”, afirma Daan. A  união é palavra de ordem entre os artistas. Pelo Facebook, outro expoente do funk, MC Rodolfinho, autor de “Novinha”, propôs a criação do movimento O Funk Acordou.

Investigação - A análise dos peritos leva a polícia de Campinas a acreditar que Daniel Pellegrini, o MC Daleste, foi atingido por dois disparos – e não apenas por um tiro – quando se apresentava no palco do CDHU Vila San Martin, em Campinas. O primeiro tiro teria atingido, de raspão, a axila direita do artista. Daleste provavelmente não notou que se tratava de um tiro. Nas imagens analisadas pela polícia, ele chega a falar: “Tá de tiração, molecote?”. E segue cantando. O tiro fatal acontece minutos depois, o que faz a polícia acreditar que o atirador estava escondido, distante do público. Uma pessoa que fotografou o público no instante do tiro foi identificada e deve ser ouvida. Nesta terça-feira, fãs do músico fizeram uma manifestação na Zona Leste da capital. (Fonte: Diário de S. Paulo)

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