Policiais do DENARC são presos em São Paulo.

Sete policiais civis do Departamento de Narcóticos foram presos em São Paulo. O grupo de combate ao crime organizado do Ministério Público realizou uma operação que culminou na prisão dos policiais civis que são suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas. O mesmo crime que eles deveriam combater. A informação foi divulgada no Jornal Nacional.

(Promotor coletiva /reprodução/JN)
De acordo com informações do JN, os promotores entraram no Departamento de Narcóticos para procurar provas contra 13 policiais civis que trabalham, ou que trabalharam recentemente na investigação do tráfico de drogas. Eles são suspeitos de sequestro, extorsão, formação de quadrilha e vazamento de informações sigilosas sobre operações. Nenhum dos procurados estava lá. Sete foram presos em casa e levados para a corregedoria da polícia.

Segundo o Ministério Público, os policiais viraram suspeitos durante a investigação de bandidos, ligados à Wanderson de Paula Lima, o Andinho, preso desde 2002, por tráfico de drogas e sequestros. “Se tentou forjar evidências, comprometer e constranger vítimas e testemunhas, então, daí sobreveio a necessidade inafastável de solicitar a medida mais contundente, que é a prisão temporária de alguns policiais, para que a investigação pudesse ter prosseguimento”, disse o promotor Amaury Silveira Júnior.

(Dinheiro do tráfico/Reprodução JN)
Os promotores suspeitam que o chefe da quadrilha tenha sido liberado em troca do pagamento de propina. O delegado que presidiu o inquérito na época foi preso na operação desta segunda-feira (15). O outro delegado é o chefe do setor de inteligência do Denarc e integrante da força-tarefa criada pelos  governos federal e estadual para combater o crime organizado.

Promotores e policiais saíram em busca de quem corrompia os policiais. Seis traficantes foram presos com drogas e com dinheiro do crime, em Campinas e Serrana, no interior do estado. Um deles é Flaviano de Oliveira, considerado braço direito de Andinho. Ele é suspeito de ameaçar promotores de morte.

Luiz Maurício Blazek, delegado geral da Polícia Civil de São Paulo, afirma que “a instituição da Polícia Civil, através da Delegacia Geral de Polícia reafirma que não compactua com qualquer desvio de conduta dos seus policiais”.

Saiba mais:

“Delimitada a culpa e comprovada a culpa, há possibilidade de demissão do serviço público”, disse Nestor Sampaio Penteado Filho, diretor da Corregedoria da Polícia Civil – SP.

(Fonte: Jornal Nacional, TV Globo)