Documentos revelam esquema da NSA para espionar Dilma.

A senhora Dilma Vana Rousseff, economista e política brasileira, filiada ao Partido dos Trabalhadores, e a atual presidente da República Federativa do Brasil, foi um dos alvos da espionagem dos Estados Unidos. Neste domingo, 01 de setembro, o "Fantástico", da "TV Globo", exibiu uma reportagem mostrando novos documentos da Agência de Segurança Nacional (NSA) americana, que foram divulgados por Edward Snowden através do jornalista Glenn Greenwald, confirmando que Dilma foi um dos alvos da espionagem dos EUA.

Esses documentos, que foram obtidos por Snowden enquanto trabalhava a serviço da CIA, mostram que todas as comunicações entre Dilma e seus assessores foram monitoradas. Eles foram apresentados ao público interno da NSA e são nomeados de "Filtragem inteligente de dados: estudo de caso México e Brasil". 
(Divulgação/Fantástico - TV Globo)
De acordo com  a reportagem, a NSA também monitorou o atual presidente do México e então candidato à época, Enrique Peña Nieto. Os números de telefone, e-mails e endereços de IP dos computadores de Dilma e de Peña Nieto foram interceptados. Um gráfico ainda mostra toda a rede de assessores com quem Dilma se comunicou. Um dos trechos do documento indica do que se trata: "uma filtragem simples e eficiente que permite obter dados que não são disponíveis de outra forma. E que pode ser repetido."
(Divulgação/Fantástico - TV Globo)
Edward Snowden também divulgou outro documento em que o Brasil aparece como um ponto de interrogação para a NSA. "Brasil: amigo, inimigo ou problema?", questiona o texto. Além do Brasil, Índia, Irã, México e Egito também são alvo deste questionamento.
(Divulgação/Fantástico - TV Globo)
O jornalista Glenn Greenwald ainda esclareceu ao "Fantástico" o porquê ele (Snowden) resolveu tornar públicos esses documentos. "Olha, eu acho que a privacidade do norte-americano é muito importante, mas também acho que a privacidade dos estrangeiros, das pessoas na América Latina, dos brasileiros, são muito importante também. Igual com importância. E eu não quero proteger a privacidade do norte-americano só. Eu quero proteger a privacidade de todas as pessoas’”, revela Glenn.