Para Dilma, programa de Marina pode desestruturar a economia brasileira.


Eleições 2014 - A candidata do Partido dos Trabalhadores, Dilma Rousseff, participou de um evento de campanha em Belo Horizonte nesta quarta-feira, 03. Na ocasião, de acordo com informações da agência 'Reuters', a petista afirmou  que a comparação da adversária Marina Silva (PSB) com o ex-presidente Fernando Collor de Mello, feita na propaganda de TV da petista, não representa a política do "medo", mas a da "verdade".

Dilma Rousseff foi questionada se a comparação de Marina com Collor, hoje aliado de seu governo, seria uma reedição da política do medo que o PT foi alvo em eleições anteriores.  "É a política da verdade. O que nós dissemos, não é que as pessoas são iguais, é que se você não tem número suficiente de deputados você não aprova nenhum projeto". Na última terça-feira, a propaganda de Dilma na TV exibiu trechos em que um locutor questiona a governabilidade de um eventual governo de Marina, citando os ex-presidentes Collor e Jânio Quadros, que não concluíram os mandatos, como momentos em que o país escolheu "salvadores da pátria" e "chefes do partido do eu sozinho". Jânio renunciou, e Collor sofreu impeachment.
A candidata do PT voltou a falar sobre sua preocupação em relação ao programa de Marina Silva no que se refere à industria, e citou como exemplo o impulso dado em seu governo ao setor naval e automobilístico. "A política industrial no país é composta por duas coisas que pelo menos o programa da candidata adversária coloca como ela eliminando ou reduzindo a importância", disse, referindo-se à política de conteúdo nacional e a questão dos bancos públicos.

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Para Dilma, "é absolutamente temerário, inacreditável, que alguém proponha reduzir o papel dos bancos público". O programa de governo da candidata do PSB à Presidência foi divulgado na semana passada e prevê uma presença menor dos bancos públicos na economia, sendo substituídos por uma maior presença de bancos privados, inclusive no financiamento agrícola e a programas habitacionais. "O papel dos bancos não é algo que simplesmente se coloca, se escreve que ele vai ser assim, assim e assado. É bom conhecer primeiro como é que funciona para depois propor, porque senão você desestrutura a economia brasileira", criticou Dilma"A necessidade de negociar é inexorável. É importante saber ao negociar não ceder diante dos interesses do Brasil", afirmou Dilma.  "Acho que na democracia a gente perde e a gente ganha. Inclusive, eu quero dizer que perdi algumas vezes, mas ganhei outras tantas no Congresso Nacional."

PT alerta que Dilma deve se expor mais.

Com informações da agência Reuters.