Pular para o conteúdo principal

Governo pretende fazer maior superávit primário possível, diz Miriam Belchior.


Economia - A redução da meta de superávit primário, enviada hoje (11) ao Congresso Nacional, tem como objetivo manter os investimentos e as políticas de desoneração em meio a um cenário de pouco crescimento na arrecadação, disse a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Ela ressaltou que o governo federal está disposto a fazer o maior superávit primário – economia para pagar os juros da dívida pública – possível dentro das dificuldades econômicas.

Safra de 2015 deve ser 2,5% maior que a produção deste ano.

A ministra, no entanto, não especificou de quanto será a nova meta, dizendo apenas que os investimentos federais e as políticas de reduções de tributos para estimular a economia não serão sacrificados. Segundo ela, o comportamento imprevisível da arrecadação este ano não permite à equipe econômica traçar uma previsão. “O compromisso do governo é, quero ser bastante clara, é fazer superávit primário este ano. Queremos fazer o melhor superávit primário possível, mas não temos como cravar uma meta no momento porque dependemos do comportamento da receita, que está errática este ano. O compromisso do governo é fazer o maior esforço fiscal possível e abater o mínimo possível do que está sendo proposto no projeto”, disse.

Durante audiência pública na Comissão Mista de Orçamento, a ministra ressaltou que o baixo crescimento da economia não afeta apenas o Brasil e que a deterioração de expectativas justificou o volume de receitas abaixo do previsto. “A redução do crescimento [da economia] afetou as receitas previstas para 2014 necessárias para garantir todos os investimentos e políticas públicas previstas no Orçamento. O Poder Executivo está comprometido em fazer o maior superávit possível até 31 de dezembro, mas, ao mesmo tempo, quer garantir a execução dos investimentos e a manutenção dos incentivos dados por meio de desonerações”, declarou Belchior.

Segundo a ministra, praticamente todas as principais economias do mundo estão crescendo menos que o previsto este ano. De acordo com ela, a previsão de crescimento caiu 1,4 ponto percentual para a Índia e 1,3 ponto percentual para os países emergentes. A estimativa foi reduzida em 0,6 ponto percentual na China e na zona do euro. “Essas dificuldades econômicas não têm efeito apenas no Brasil. Na verdade, aqui os efeitos são menores em função das medidas anticíclicas [aumento de gastos públicos para estimular a economia] que tomamos em função da conjuntura desfavorável”, disse a ministra, que está no Congresso Nacional para explicar o projeto do Orçamento Geral da União para 2015.

Em relação ao G20 (grupo das 20 maiores economias do planeta), Belchior disse que o Brasil é um dos países menos afetados pela crise econômica global. “Enquanto a maioria dos países vai ter déficit [primário], o Brasil seguirá buscando fazer superávit. Pretendemos entregar um superávit primário em 2014”, ressaltou.

Miram Belchior destacou que o Brasil tem uma das menores dívidas públicas líquidas do G20, atualmente em 35,9% do Produto Interno Bruto (PIB), e que tem uma dívida bruta – quando não se desconta o que o governo tem a receber – em posição intermediária entre os países do grupo. Atualmente, a dívida bruta está em 61,7% do PIB.

Pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o governo teria direito a abater até R$ 67 bilhões da meta de superávit primário em 2014 referentes aos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e de desonerações. A proposta enviada hoje retira o limite, mas restringindo o abatimento a essas situações. “A proposta que enviamos mantém o conceito aprovado nos últimos anos, que é abater da meta [de superávit primário] apenas ações fundamentais para crescimento do país, como investimentos em infraestrutura e desonerações que permitem às empresas investirem mais”, disse.

Curta o Momento Verdadeiro no Facebook e Twitter e receba as últimas notícias.

Tem alguma notícia para compartilhar? Envie para momentoverdadeiro@gmail.com

Fonte: Agência Brasil.

Gostou do conteúdo? Compartilhe com seus amigos corredores! 🏃‍♂️💬

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Desafios do Início na Corrida de Rua

A corrida de rua é, hoje, uma das práticas esportivas mais democráticas e acessíveis do mundo. Basta um tênis, disposição e o desejo de enfrentar o próximo passo. Mas engana-se quem pensa que esse esporte se resume a colocar um pé na frente do outro. A corrida é feita de desafios — físicos, mentais e emocionais — que moldam não apenas o corpo do corredor, mas também sua maneira de enxergar a vida. O desafio físico: o corpo em movimento Não há como negar que o primeiro obstáculo da corrida é o corpo. Força, resistência, preparo cardiovascular, músculos e articulações precisam estar alinhados para sustentar treinos cada vez mais exigentes. No início, os quilômetros parecem pesados, o fôlego falha e as pernas ardem. É nesse ponto que muitos desistem. Mas quem persiste aprende que a adaptação fisiológica é um processo gradual. O corpo responde ao estímulo com evolução. Aqueles primeiros quilômetros, antes vistos como impossíveis, tornam-se parte do aquecimento. Superar a dor muscular, ajus...

Álcool e Corrida de Rua: Uma Combinação Perigosa para o Desempenho e a Saúde

O consumo de álcool e seus efeitos no desempenho esportivo, especificamente na corrida de rua , é um tema de constante debate entre atletas e profissionais de saúde. Embora muitos corredores considerem o consumo moderado como inofensivo, a ciência demonstra que os efeitos do álcool podem prejudicar o desempenho de diversas maneiras, além disso, contribuindo para um aumento no risco de lesões. Primeiramente, no que tange à hidratação, o álcool é um diurético, o que significa que ele aumenta a produção de urina. Em outras palavras, seu consumo leva à perda de fluidos e eletrólitos essenciais, comprometendo a capacidade do corpo de se hidratar adequadamente. Para um corredor, a desidratação é um fator crítico que pode reduzir o volume sanguíneo, elevar a frequência cardíaca e, por conseguinte, diminuir a resistência e o desempenho geral. Ademais, o álcool interfere diretamente na recuperação muscular. Após uma corrida, os músculos precisam de tempo e nutrição para reparar as microlesões c...

7 Verdades Essenciais na Corrida de Rua: Uma Análise Crítica

A corrida de rua tem se popularizado como uma atividade acessível e transformadora, mas sua aparente simplicidade esconde verdades fundamentais que, se ignoradas, levam a lesões e frustrações. Este post busca explorar criticamente sete dessas verdades, questionando mitos e defendendo uma abordagem científica e equilibrada. Argumento que, sem o reconhecimento desses princípios, a corrida pode se tornar uma ilusão de saúde , perpetuando ciclos de dor e desmotivação. Ao invés de uma visão romântica da corrida como "liberdade pura", defendo uma perspectiva realista, baseada em evidências, que prioriza a sustentabilidade e o bem-estar a longo prazo. A primeira verdade é que a corrida não é para todos os corpos, e ignorar limitações físicas pode ser perigoso. O mito de que "qualquer um pode correr" negligencia diferenças biomecânicas, históricos de lesões e condições como obesidade. Estudos da American Orthopaedic Society for Sports Medicine indicam que corredores inici...