Lava Jato: Suposto operador do PMDB vai depor hoje.


O lobista Fernando Baiano, que é apontado como operador do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) em esquema de corrupção na Petrobras, irá depor nesta sexta-feira (21) à PF (Polícia Federal), responsável pelos inquéritos da operação Lava Jato. Baiano é um dos 24 presos na sétima fase da operação, chamada de "Juízo Final", que investiga um esquema de fraude em licitações na Petrobras

Segundo o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, Fernando Baiano seria o operador do PMDB no esquema de corrupção na estatal. O partido nega, e um dos advogados do lobista, Mario de Oliveira Filho, afirma que seu cliente foi escolhido como “bode expiatório”. “Eles estão procurando um bode expiatório. Aponta o Fernando Baiano como operador do PMDB. Se há algum operador, se há, esse operador não se chama Fernando Soares”, disse Oliveira Filho na última quarta-feira.

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Negócios dentro da lei - O advogado confirmou que Baiano fez negócios com a Petrobras, mas disse que tudo foi feito dentro da lei. Questionado sobre a atividade do cliente, Oliveira Filho disse que Baiano é um empresário que faz “intermediação de negócios”.

"Ele é um empresário, proprietário de duas empresas antigas e faz prospecção de negócios. Descobre onde está o problema de uma infraestrutura e vai atrás de solução. Por exemplo, vou fazer uma estrada, preciso de tantas toneladas de pedras. Ele faz o contato e, sobre a negociação, recebe uma porcentagem, que é absolutamente lícito".

Bloqueio de Bens - A pedido da Justiça Federal, o Banco Central (BC) bloqueou ontem mais de R$ 47 milhões das contas bancárias de 16 investigados na Lava Jato, além de três empresas suspeitas. Das contas pessoas de Fernando Baiano foram bloqueados R$ 8,8 mil. A suspeita, porém, é que o lobista seja proprietário de duas empresas que tiveram dinheiro bloqueado pela Justiça: Hawk Eyes Administração de Bens (R$ 6,5 milhões) e Technis (R$ 2 milhões).

Com informações dos portais R7 e Terra.

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