MST: QUESTIONA O BOLSA FAMÍLIA


Uma observação no cenário da política social. Sua base tem se apresentado como uma política fundamental para o “bem estar dos cidadãos”, além de se constituir em objeto de reivindicação dos mais diferentes movimentos sociais. Eu penso que a política social como política no âmbito da sociedade capitalista busca resgatar seu caráter de classe social ou seja, uma política que responde, principalmente, aos interesses das classes políticas e econômicas dominantes. Opinião do blogueiro que não é contra os programas sociais, apenas a corrente que eles formam para captar votos.

O objetivo é trocar a cesta básica pelo cartão do programa. Assim, o benefício para as famílias será mensal. As informações foram divulgadas pelo jornal Folha de S.Paulo.

"A cesta não incentiva o desenvolvimento do comércio local. A idéia é que, a médio prazo, não tenha mais esse atendimento com cestas", afirma a secretária de Renda de Cidadania do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Lúcia Modesto.

Mas o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) critica a iniciativa. "O Bolsa Família não vai resolver os problemas dos acampados, que têm consciência e não querem viver de uma ajuda do governo. Eles querem trabalhar na terra, cuidar da família e colocar os filhos na escola. As políticas assistenciais são importantes, mas insuficientes para abrir perspectivas de futuro para as famílias", disse José Batista de Oliveira, da coordenação nacional do MST.

Não há uma verba específica para atender os sem-terra no Bolsa Família. O orçamento de 2009 será ampliado em R$ 400 milhões, atingindo R$ 11,8 bilhões, para incluir novas famílias cadastradas pelo País, todas as que hoje recebem cestas básicas do governo federal, como os acampados, quilombolas, atingidos por barragens e indígenas.

Até 2010, a meta do governo é ampliar o número de famílias atendidas dos atuais 11,1 milhões para 12,9 milhões. Ao final deste ano, já serão 12,3 milhões atendidas (incluindo os acampados).

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