ENEM CONFIAMOS OU NÃO?



A denuncia que chocou milhares de estudantes que pretendiam fazer a prova do ENEM, veio através de um blog, a reporter Renata Cafardo ficou abismada ao ver o gabarito da avaliação de cunho nacional, que estava diante dela sendo negociado livremente em uma cafeteria. Agora fica uma dúvida amigos, até onde podemos confiar na veracidade de um concurso público, em suas respectivas esferas. Organização na hora de cobrar a taxa de inscrição existe e é muito eficiente, essa situação que embora não podemos generalizar, mas com certeza fará com que muitos venham desconfiar da veracidade de qualquer concurso público, isso eu tenho certeza que vai.

Agora porque penso no concurso público, por se tratar de um mecanismo que dará ao candidato uma garantia de serviço estável. E se um concurso que visa avaliar o ensino médio no País, se fosse oferecido a alguém disposto a pagar pelo gabarito infelizmente lesaria muitos que estudaram tanto para prova, mais uma vez repito com certeza seria um desastre para milhões de jovens que veem no exame uma porta para o pró-uni e uma janela para o tão sonhado ensino superior. Que dirá outros concursos...

Os bastidores da Negociação.

"Sentamos os três no café e esperamos. Não sabíamos nome algum ou rosto de quem procurar, mas um dos informantes chegou primeiro e nos identificou. O outro chegou poucos minutos mais tarde, com uma pasta cheia de papéis.

Segundo eles, o material tinha sido vazado por alguém em Brasília, no Inep/MEC. Eu pedi para ver a prova e eles a colocaram, sem cerimônias, na mesa do café. Estavam lá os logotipos do governo federal, das empresas contratas para organizar a prova, do Inep. Ao folhear a prova, não acreditava no que via. As questões tinham o perfil do Enem, um exame que cobra competências e habilidades, usa temas cotidianos. Vi lá tiras da Mafalda, do Garfield, trechos da Canção do Exílio e de uma reportagem da revista Veja. Tratei de decorar o máximo de questões possíveis.

Vi também a prova de matemática, mas as questões eram enormes, obviamente cheias de números, e desisti de tentar memorizá-las. Depois de dois minutos, um dos homens me tirou a prova das mãos. "Já viu demais", disse. Perguntei sobre a redação e eles se negaram a mostrar essa parte da prova.

Queriam dinheiro e deixavam claro isso. Pediram R$ 500 mil e tinham a convicção de que fariam o negócio com algum veículo de imprensa."
Fonte:Estadão

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