O desfavorável tratamento do negro no Brasil




Apesar da existência de Leis severas para coibir o racismo, devido ao quadro de desigualdade racial nas oportunidades no país, vemos a cada dia, principalmente nas classes menos favorecidas o crescimento da violência contra o negro enfileirar as estatísticas negativas. A questão é como mudar esse estereótipo visto que as oportunidades educacionais, profissionais e sociais não são as mesmas.

Vou citar aqui uma situação verídica, é deflagrada uma operação policial numa comunidade para impedir a venda de drogas, e ainda na entrada está vindo um negro e outro branco, pergunto aos leitores: Quem vocês acham que vai ser o suspeito? Desculpem usar esse exemplo, mas é a pura realidade. E falo isso porque já morei em comunidade e cansei de ver e ouvir os policiais falando: encosta aí negão... Cadê o flagrante? Fora a quantidade de insultos.

Uma coisa que detesto é o sensacionalismo muitas vezes feito, quando assunto é racismo no País, existe uma hipocrisia de alguns que tentam dar um jeitinho para falar não é bem assim, e é como? Os dados mostram quem são os mais prejudicados.

“A verdadeira igualdade é tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais”. Ruy Barbosa


Em depoimento à CPI da Violência Urbana, o economista Marcelo Paixão, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, divulgou estudo que mostra que o número de negros assassinados no Brasil é duas vezes maior que o de brancos, apesar de cada grupo representar cerca de metade da população do País.

A conclusão é baseada em dados do Sistema Único de Saúde (SUS) referentes aos anos de 2006 e 2007. Nesses dois anos, cerca de 60 mil negros foram assassinados e cerca de 30 mil brancos. As pesquisas mostram que entre as crianças e jovens de 10 a 24 anos se constata a maior diferença entre os homicídios de negros e brancos.

Marcelo Paixão afirmou que os jovens negros estão mais expostos e que as desigualdades só aumentaram nos últimos anos. "É preciso identificar que as causas disso estão relacionadas ao racismo institucional, às políticas de segurança pública que ainda entendem a população negra como inimiga do estado, à baixa qualidade da escola desses jovens, que está relacionada com uma maior exposição à pobreza; quer dizer, é um círculo de desgraças."

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