A guerra contra o crack


Em diversas cidades o consumo tem aumentado, gerando enorme preocupação. Isso tem levado a esforços no sentido de aperfeiçoar os serviços de assistência e prevenção, assim como a capacitação dos profissionais.

São raros os relatos de pessoas que usaram o crack e não ficaram dependentes. Suspeita-se de que, nesses casos, o indivíduo simplesmente não criou dependência ainda, mas vai acabar criando, caso o consumo continue.

O crack é a droga mais agressiva, tem alto poder de vício e é a mais barata. Em alguns lugares as pedras custam até R$ 2,50, menos que uma cerveja.

Diante das evidências do aumento de consumo de crack no Brasil, o Ministério da Saúde lançou hoje uma campanha de prevenção ao consumo. "O acesso a essa droga vem se ampliando. Um problema grave, sobretudo pelos efeitos devastadores provocados", avaliou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. O Disque-Saúde passa a ter, a partir de hoje, um canal específico com informações sobre tratamento contra o crack. O número é 0800-61-1997.

Estima-se que 0,1% da população brasileira use a substância, derivada do refino de cocaína e a mais viciante entre todas as drogas ilícitas. Com o slogan "Nunca experimente o crack, ele causa dependência e mata", a campanha deverá ser veiculada até dia 31 de janeiro, em rádios, TVs, internet, cinemas, jornais e revistas.

O lançamento da campanha, pouco antes do período de festas e das férias escolares, foi proposital. A ideia, afirmou o ministro, é tentar mostrar, principalmente aos jovens, os riscos da droga. "Os jovens são mais propícios à experimentação. Mas queremos mostrar que algo que possa parecer sedutor no início transforma-se num pesadelo."


Edição: Washington Luiz / Fonte: Estadão

Comentários