Senador criticou Cabral por usar Olimpíadas 2016

Reprodução



Sergio Cabral criticado por usar olimpíadas 2016 para defender os royalties


Governador Sérgio Cabral é duramente criticado no Senado por usar as Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro, como artifício para defender os interesses do Estado, numa possível perda dos royalties provenientes da exploração de petróleo.

O senador Heráclito Fortes (DEM-PI). Representante de um dos estados não produtores, beneficiados pela distribuição desses recursos prevista no projeto de lei da partilha aprovado pela Câmara, o senador qualificou de “injusto” os argumentos apresentados por Cabral.

Fortes lembrou que, quando o estado do Rio disputava a indicação par sediar as Olimpíadas de 2016, o governador afirmava que o dinheiro para os investimentos partiriam da iniciativa privada. “Agora, não é justo ele falar que as Olimpíadas seriam feitas com dinheiro do pré-sal”, disse o senador.

O parlamentar também não poupou críticas ao governo federal que, por ter maioria absoluta na Câmara, deveria ter impedido no Senado essa disputa entre estados produtores e não produtores de petróleo na camada pré-sal. Ele citou, em especial, a declaração da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, de que cabe aos senadores resolver a questão.

“Por que o governo foi omisso? Por que a ministra Dilma Rousseff, que é a ligação com o Congresso, não orientou sua bancada? Será que o governo ficou em cima do muro? O governo foi totalmente omisso”, declarou o parlamentar.

Para Heráclito Fortes, a passeata realizada nesta semana, no Rio, contra mudanças na distribuição dos royalties é legítima, mas perde sentido porque ninguém questiona o governo por não ter agido para evitar que a situação se complicasse. O senador acrescentou que, apesar de “amar o Rio de Janeiro”, não votará contra os interesses do Piauí, estado que representa.

O senador Pedro Simon (PMDB-RS), por sua vez, informou hoje que formalizará, na terça-feira (23), a emenda ao projeto de lei da Câmara sugerindo que o governo federal repasse parte dos recursos a que tem direito pela exploração na camada pré-sal aos estados produtores, como forma de compensação do dinheiro perdido pelo novo critério de repartição.

Edição: Washington Luiz / Fonte: ABr.

Comentários