Dengue: Campos decreta estado de alerta

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Outros municípios vizinhos como Macaé, Itaperuna, Tangue, Porciúncula, Natividade e Italva já apresentam surtos epidêmicos. Campos é a primeira cidade do estado do Rio de Janeiro, no entanto, a decretar o estado de alerta. A situação epidemiológica do Estado é de 9.670 casos notificados de dengue de janeiro a maio deste ano, tendo sido registrado 12 óbitos. A faixa etária mais atingida proporcionalmente foi de 20 a 49 anos, correspondente a 49,5% do total de casos.

Campos dos Goytacazes - O Secretário Municipal de Saúde, Paulo Hirano, solicitou mais atenção da população quanto à fiscalização e higienização dos imóveis, a fim de evitar a proliferação dos focos do mosquito transmissor da dengue, aedes aegypti. Ele decretou, nesta quarta-feira (9), estado de alerta e pediu que a população fique atenta, pois os casos da doença no município estão aumentando, apesar das ações de combate, orientação e vigilância que o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), o Centro de Referência da Dengue (CRD) e o Departamento de Epidemiologia vêm fazendo diariamente.

A chegada das chuvas preocupa ainda mais a secretaria de Saúde, pois a tendência é que haja aumento no número de casos da doença, que chegou a 891 em toda a região, sendo 127 casos hemorrágicos. Em janeiro deste ano, Campos contabilizava 35 casos. Hirano lembrou que Campos é referência da dengue na região e sentinela da dengue para o estado. “É necessário aumentar ainda mais os cuidados e vigilância, para garantir um trabalho ainda mais eficiente. Nossa preocupação é com a saúde da população, que deve ser parceira no trabalho de combate, assumindo para si a responsabilidade da prevenção junto conosco”, disse o secretário.

Várias medidas evitam que o quadro se agrave, dentre elas a aquisição de seis novos carros-fumacê, a criação do Prontuário Eletrônico da Dengue, agilizando o bloqueio do vetor, veiculação da Campanha “Um por todos e todos contra a dengue”, trabalho educativo em escolas, e distribuição de panfletos informativos com orientações. “No entanto, temos percebido que a população ainda não está fazendo tudo o que pode. É necessário dizer que quem não faz sua parte coloca a população em risco, mas também coloca em risco a sua família”, alertou Hirano.

O trabalho de rotina do CCZ segue de segunda-feira à sexta-feira, das 8h às 14h. No próximo sábado, as atividades acontecerão em toda a cidade, das 8h às 13h, com o mutirão de pendências. O trabalho permitirá ao órgão verificar se os imóveis encontrados fechados durante o mutirão de abril são ou não geradores de novos focos. “Tínhamos 40% de pendências, ou seja, encontramos cerca de 100 mil imóveis fechados no primeiro mutirão. Já eliminamos as pendências de, aproximadamente, 30 mil imóveis”, disse o diretor do órgão, César Salles.

Já as ações do CRD, único do país, giram em torno de uma vigilância permanente, diagnóstico precoce e preciso e o monitoramento dos pacientes após os exames. O órgão também trabalha para efetuar a hospitalização do paciente, de forma precoce, quando há sinais de alerta, que são, principalmente, dor abdominal e vômitos. A média do índice de infestação do município é 2.3%, o que significa que em cada 100 imóveis visitados, o CCZ encontra focos do mosquito pelo menos em 2 imóveis.

SMS/PMCG

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