Serra ataca, Dilma defende-se, Marina e Plínio tentam aproveitar o fogo cruzado

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"O debate entre os presidenciáveis terminou em meio a acusações sobre corrupção e com uma discussão que girou muito em torno dos vazamentos da Receita." Rede TV.


O Dia - Como esperado, no primeiro embate entre os presidenciáveis após denúncias de vazamento de dados da Receita Federal e de um suposto esquema de corrupção envolvendo a sucessora de Dilma Rousseff (PT) na Casa Civil, os episódios viraram munição para José Serra (PSDB) no ataque à candidata petista. A temperatura subiu já no segundo bloco, houve três pedidos de direito de resposta e, também como esperado, os candidatos Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) tentaram faturar em meio ao fogo cruzado.

O debate começou morno, com um aparente acordo mútuo de isolar José Serra. Na primeira oportunidade, Serra tentou recorrer a Plínio para atacar Dilma, mencionando o dossiê dos “aloprados”. Não funcionou. Plínio não caiu na armadilha e ainda faturou dizendo que “isso não tem nada com o PSOL”. O tucano aproveitou a carona, disse que também não tinha nada “comigo” e partiu para o ataque à Dilma. Logo em seguida, a petista pediu direito de resposta, o que foi negado.

Quando questionado por uma jornalista sobre o uso do vazamento de dados de sua filha na Receita para conquistar votos, Serra responsabilizou militantes do PT pelo caso: “Foram pessoas ligadas à campanha da Dilma”.

A petista pediu direito de resposta novamente, conseguiu e rebateu o tucano: “Ao responsabilizar minha campanha por fatos que aconteceram em setembro do ano passado, o candidato quer ganhar essa campanha no tapetão. Não passarei para a História como a caluniadora dessa campanha. Será ele que passará”.

Serra também conseguiu direito de resposta e retrucou, citando denúncias contra a Casa Civil. “Essas questões que envolvem moralidade e democracia não se resolvem com brabeza”, disse, provocando a adversária, que havia acabado de elevar o tom de voz minutos antes.

Quanto às acusações de que o filho de sua sucessora na Casa Civil — a ministra Erenice Guerra — teria feito tráfico de influência para a contratação de serviços para os Correios, Dilma afirmou:“Não vou permitir que me julguem pelo que foi feito pelo filho de uma ex-assessora.”

Marina também provocou Dilma ao perguntar o que a petista faria para evitar episódios de violação de sigilo e afirmar que os casos recentes estão sendo banalizados. “Não concordo. Estão sendo feitas investigações”, respondeu Dilma.

Marina replicou, afirmando que o governo admitiu que os vazamentos são comuns: “Dificil imaginar que não esteja sendo banalizado. O ministro (da Fazenda, Guido Mantega) veio a público dizer que isso é corriqueiro”.

Fonte: O Dia Online
Reportagem de Diego Barreto e João Fernando

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