Desigualdade racial ainda é uma triste realidade no Brasil, mostra estudo.

É muito dificil a situação da população negra no Brasil, e é revoltante saber que essa parte da população sofre sem ter seus direitos garantidos, principalmente no que diz respeito a saúde. Estudos feitos em Recife mostram a diferença entre as populações negras e as consideradas nao negras. Será que deveria existir tamanha desigualdade proveniente da cor de um cidadão? Será que no Brasil esxite alguém 100% de uma raça? Acredito que não, visto que nossa população é oriunda da miscigenação de grupos étnicos.

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A Secretaria de Saúde do Recife apresenta esta manhã um documento sobre a situação de natalidade, mortalidade e morbidade da população negra do Recife. O estudo mostra a diferença que existe entre o nascer, adoecer e morrer da população negra e não- negra (classificadas como brancas, amarelas e indígenas) que residiram no Recife no ano de 2009.

O lançamento do Quadro Epidemiológico de Natalidade e Mortalidade por Raça/Cor Recife 2009 acontece na sala do Conselho Municipal de Saúde, na Rua Major Codeceira, Santo Amaro. Esta será a quarta edição do documento que é uma realização da gerência de Epidemiologia, vinculada à diretoria de Vigilância à Saúde da Secretaria que tem como objetivo promover o conhecimento da saúde da população negra da Cidade.

O evento vai discutir casos como qualidade de vida das crianças negras ao nascer e de morte de negros e não-negros em geral. Um dos dados que constam no documento tem relação com os números de pessoas que contraíram o vírus da AIDS em 2009. Para cada pessoa não-negra doente, existiu cerca de duas pessoas negras infectadas. Nos anos de 2006 e 2007, essa equação era um não-negro infectado para três negros infectados”, disse.

As causas de morte demonstram a pior situação para a população negra. Considerando todo e qualquer tipo de violência, para cada pessoa não-negra que morreu, seis pessoas negras faleceram. Esses números aumentam quando o tipo de morte é o homicídio. A cada branco, amarelo ou indígena que morreu vítima de homicídio, morreram 18 negros. Em 2008, foram registrados 15 negros para cada 1 não-negro.

O lançamento integra as comemorações do Dia Nacional de Mobilização Pró-Saúde da População Negra. Neste dia, várias atividades acontecerão em todo o País com o objetivo de promover e defender os direitos da população negra à Saúde e também estimular os gestores para a implementação das políticas públicas que são mais direcionadas a essa população (Política de Atenção às Pessoas com Doença Falciforme, instituída no Recife em 2001 e em 2005 pelo Ministério da Saúde; e a Política de Saúde da População Negra, desenvolvida pelo Município em 2006 e pelo MS em 2009).

A ação é uma iniciativa dos movimentos sociais, rede de religiões de Matriz Africana, Fundo das Nações Unidas para Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia – Brasil, e conta com o apoio da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), Ministério da Saúde, secretarias estaduais e municipais e profissionais de saúde e todos os militantes para o alcance da equidade no SUS.

Edição e comentários: Washington Luiz
Fonte: DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR

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