Caso Bruno - Polícia Civil mineira retoma busca pelo corpo de Eliza Samudio.

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AE - A Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais retomaram ontem as buscas pelo corpo de Eliza Samudio, de 25 anos, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, que teria sido morta pelo jogador. As buscas foram realizadas desde o início da manhã em duas matas e uma lagoa na região de Venda Nova, na capital mineira.

A quebra do sigilo telefônico do ex-policial civil Marcos Aparecidos dos Santos, o Bola, acusado de ter executado a jovem a mando do atleta, revelou que ele teria passado pelo local pouco após o que, de acordo com as investigações, seria a data em que o crime teria sido cometido.

Enquanto as buscas eram retomadas, ainda sem sucesso, a Justiça reiniciava os depoimentos de testemunhas no processo contra o jogador e outras nove pessoas. Na chegada ao fórum de Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, a ex-mulher de Bruno, Dayanne de Souza, também acusada do sequestro, cárcere privado e morte de Eliza, chorou ao reencontrar as filhas. Os acusados começam a ser ouvidos pela Justiça na próxima semana.

Um primo do goleiro Bruno, Sérgio Rosa negou ontem as declarações que deu sobre o sequestro de Eliza Samudio e pediu a destituição de seu advogado, Marco Antônio Siqueira. Sales, que também é acusado do crime, foi um dos principais colaboradores da Polícia Civil nas investigações sobre o desaparecimento de Eliza. Mas alegou ter sido torturado para dar as declarações, feitas pouco após o início da audiência em Ribeirão das Neves.

Em seus depoimentos Sérgio Sales afirmou que Eliza teria sido morta na região metropolitana de Belo Horizonte pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, a mando do goleiro. O assassinato teria a participação também do amigo de Bruno, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e de outro primo do atleta, um rapaz de 17 anos já condenado pela Justiça. Nove pessoas respondem a processo pelo crime, apesar de o corpo de Eliza nunca ter sido encontrado.

Ontem, porém, durante o depoimento de uma das testemunhas de defesa no fórum de Ribeirão das Neves, Sales pediu a palavra e disse que havia mentido depois de ter sido pressionado e torturado pela polícia. Ele também pediu a destituição do advogado e disse que gostaria de ser defendido por Willer Vidigal. Ele trabalha com Marco Antônio Siqueira, que já havia pedido anteriormente para deixar o caso alegando ter sido ameaçado pelo advogado de Bruno, Ércio Quaresma, que negou ter feito qualquer ameaça.

O delegado Edson Moreira, chefe do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP) da Polícia Civil mineira, que coordenou as investigações sobre o desaparecimento de Eliza, também negou as acusações de Sales e disse apenas que as alegações se tratam de "uma estratégia da defesa".

GazetaDigital

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