ENEM: Justiça Federal decide por suspensão e não divulgação do gabarito.

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Apesar do esforço do Ministério da Educação para reverter a suspensão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), ontem, a Justiça Federal manteve a decisão e ainda proibiu a divulgação do gabarito e o recebimento de reclamações de estudantes pela internet.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, redobrou os esforços para resgatar o exame dos escombros provocados pela sucessão de erros.

Pela manhã, reuniu-se com o presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, em uma tentativa de convencê-lo de que a aplicação de uma nova prova apenas para os alunos prejudicados pelas falhas em uma das versões do exame e em todos os cartões de resposta não romperia o princípio da igualdade entre os candidatos. Isso seria possível, conforme o MEC, por meio de uma metodologia que garante testes de mesma dificuldade mesmo com questões diferentes. A OAB deve divulgar se defende a anulação parcial ou de todo o Enem até o final da semana.

Em uma segunda frente de trabalho, até o meio da tarde o ministério tentou obter autorização da juíza federal cearense Karla Maia para divulgar o gabarito – o que estava previsto para as 18h de ontem. O pedido foi negado. O despacho da juíza informa que “eventual divulgação do gabarito poderá acarretar acirrados ânimos entre os candidatos eventualmente aprovados e aqueles que não obtiveram resultado exitoso”.

Isso significa que, enquanto durar a suspensão, nenhum outro resultado referente ao Enem poderá ser divulgado. O MEC ficou proibido, ainda, de colocar no ar a página da internet destinada a receber queixas dos concorrentes que se sentiram prejudicados. O governo pretendia colocar essa medida em prática hoje. Em contrapartida, a Advocacia-Geral da União anunciou que vai recorrer contra a suspensão do Enem ainda esta semana.

A Polícia Federal de Juazeiro, na Bahia, começou a investigar uma suspeita de vazamento do tema da Redação. Os investigadores deverão ouvir professores que teriam ouvido comentários de alunos antecipando o assunto da prova.

Fonte:DiárioCatarinense

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