PSF Campos - O paradoxo das opiniões em relação à validade do concurso.



A homologação do Concurso do PSF e sua validade receberam críticas do jornalista Carlos de Almeida Cunha, subsecretário de comunicação da prefeitura de Campos dos Goytacazes.

De acordo com Carlos Cunha a homologação do concurso é irresponsável e Rosinha não poderia homologar. Disse o jornalista, afirmando que se o prefeito Nelson Nahim homologar o concurso estará tornando legal o que seria ilegal, segundo o subsecretário.

Ouça abaixo a reprodução do trecho com questionamentos do subsecretário, no programa “Entrevista Coletiva"




Opinião do Blogueiro

A polêmica da massacrante novela envolvendo o PSF, ainda não chegou ao fim. Pelo menos para alguns veículos de comunicação local. Os defensores da ilegalidade do concurso apresentam seus argumentos para defender suas convicções fundamentadas em seus próprios conceitos, uma vez que o certame foi homologado por determinação do prefeito em exercicio, seguindo os tramites e determinação da própria Procuradoria Geral do Município. Afinal foi públicado em Diário Oficial.

Todos tem o direito de defender suas idéias, entretanto os nobres colegas devem procurar defendê-las com embasamento e retidão, pelo menos, é o que a população espera dos meios de comunicação, e o que aprendemos quando estudamos jornalismo, ou a imparcialidade seria apenas uma utopia para futuros jornalistas?

O PSF não é mais um programa, portanto não há prazo para seu término

O que é PSF? Como funciona o ESF? Para começarmos a falar da Estratégia de Saúde da Família, primeiro é preciso conhecer sua origem. O conhecido Programa Saúde da Família ou PSF, teve início, em 1994, como um dos programas propostos pelo governo federal aos municípios para implementar a atenção básica. E funciona como uma das principais estratégias de reorganização dos serviços e de reorientação das práticas profissionais neste nível de assistência, promoção da saúde , prevenção de doenças e reabilitação. Assim o que era considerado Programa se transformou em Estratégia por não ter tempo de conclusão, ou seja, uma vez implantado só terá fim no município, caso o Ministério da Saúde entenda que houve irregularidades na administração da verba federal que é enviada ao determinado município, portanto uma vez bem gerido não há risco de cancelamento por parte da União. Como bem explicou nossa colunista, Dra. Gelsienny Terra, que é especialista em Saúde da Família.

Bom! De acordo com as explicações da doutora Gel, ficou evidente que a possibilidade de extinção do antigo Programa Saúde da Família esbarra mais na questão adminsitrativa do que na possibilidade do término da Estratégia.


Reativação do PSF em Campos dos Goytacazes

Após sua interdição por determinação judicial, e uma série de irregularidades detectadas no município. (aqui) – Agora a questão iminente é a reativação do PSF, através do concurso público, realizado com consentimento do Ministério do Público em 2008, no apagar das luzes do governo do ex-prefeito Alexandre Mocaiber. O citado concurso foi alvo de polêmica por ser considerado ilegal pela prefeita afastada Rosinha Garotinho, e posteriormente ter sido homologado pelo prefeito interino Nelson Nahim.

O retrato da tristeza dos que labaturam no antigo PSF

Desde que o PSF acabou temos recebido centenas de comentários de ex-funcionários. São pessoas que trabalharam mais de 10 anos no programa, esses trabalhadores deram uma parte de suas vidas, visitando, cuidando e intervindo por seus pacientes, muitos acamados. Alguns já morreram, mas leiam esse relato:

“Eu, Adriana gostaria de saber as pessoas que trabalharam há 8 anos assim como eu no psf comecei como agente comunitária de saúde, depois fiz o auxiliar de enfermagem, fui promovida, depois fiz o técnico de enfermagem e fui promovida,eu sei que eu dei tudo de mim pelo o psf e depois não consegui nada,pois eu acho que não passei na prova,pois o psf quando começou, começou na minha casa pois ainda não tinha um lugar para atender as pessoas assim era o pacs, depois virou o psf, o pacs não tinha médico só quando precisasse, tinha agente de saúde,os agentes de saúde fazia os cadastramentos dos pacientes via o que eles queria,se precisasse de um curativo o enfermeiro ia avaliava,depois quem continuava era o técnico,enfim vou terminando com o coração cheio de lágrimas, pois eu estou precisando muito trabalha,depois que fui mandada embora nunca mais arrumei mais nada,estou precisando muito um grande abraço.” Por: Adriana Tinoco Carvalho dos Santos

Homologar o concurso foi justo. Mas deixar de fora as pessoas que deram parte de suas vidas, sorriram, choraram... e abraçaram a causa do programa, é justo?

Infelizmente eles pagaram o preço do egoísmo e interesse dos responsáveis pelos supostos desvios que até hoje não foram punidos e muitos menos deram conta. Será que caiu no mar do esquecimento da justiça? Afinal, cadê as verbas desviadas que culminaram na intervensão do PSF? Sumiram?

Só mais um detalhe. A maior parte dos concursados não serão aqueles que trabalharam, pois esses infelizmente não conseguiram passar. Fazer o que? Quem passou, passou concurso é assim mesmo méritos para quem conseguiu, isso faz parte do processo.

Por: Washington Luiz.

Comentários

  1. Essas, pessoas que estão reclamando que deram a vida pelo programa, concerteza deve ser por indicação de algum politico, pois toda minha vida, não tive apoio de politico nenhum. eu mesmo corri átrás e passei não concurso. Que essas pessoas façam o mesmo.

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  2. Trabalhar em PSF nem sempre é ter o conhecimento técnico cientifico.É ter comprometimento de fazer as VD[visitas Diária]mesmo em situações adversas como, sol forte,chuvas,andar em lamas e outras mais.Estar voltado para o outro como um todo.Acima de tudo tem que amar o que faz.Estar presente sempre que solicitado.Sinto muita falta da auxiliar de enfermagem que tantas vezes veio em minha casa p/ atender minha mãe c/ tanto carinho e didicação[do Parque Vicente Dias].O PSF faz falta e como!!!!

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