Os mecanismos de combate à corrupção em Campos.

Momento Verdadeiro – Ontem, nove de dezembro, Dia de Combate Internacional a Corrupção, o Observatório de Controle do Setor Público uma entidade que funciona como uma ferramenta de combate à corrupção, realizou um fórum na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) gestado pela Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), com apoio técnico do Instituto Federação de Educação (IFF) e do Sebrae.

A programação contou com a participação do diretor Institucional do Observatório Social do Brasil, o Sr. Sir Carvalho, e foram abordados temas essenciais como à luta contra a corrupção e o papel do cidadão em fiscalizar as autoridades.

Sir Carvalho mostrou os efeitos positivos nos municípios brasileiros onde essa ferramenta está implantada lembrando que toda sociedade deve participar. O diretor concedeu entrevista para imprensa e manteve contato com blogueiros, ele considera de suma importância esse setor de mídia.

Leiam as entrevistas do blogueiro durante o fórum de combate à corrupção:

* Lucas Zullo, diretor de relações intitucionais do Observatório de Controle do Setor Público.

Lucas destacou que o processo de corrupção está empregnado nas instituições brasileiras.  

- O cidadão brasileiro tem cobrado muito mais dos setores públicos e a prova disso foi a aprovação do projeto Ficha Limpa. O tratado da ONU de combate a corrupção que o Brasil assinou em 2003 permitiu que tanto  a Polícia Federal como a Controladoria Geral da União tivessem uma reestruturação. E com essa ampliação esses orgãos passaram a ficar mais atuante, exemplo disso é que num curto prazo de tempo as investigações anuais deram um salto da casa das dezenas para centenas. Não vejo que o processo de corrupção no Brasil esteja aumentando, isso é um processo histórico-cultural que já está empregnado nas instituições brasileiras, mas eu acredito que esse aumento na percepção do cidadão é uma prova que o país está amadurecendo nesse processo. Hoje o cidadão fiscaliza, e quer cobrar os devidos cumprimentos nas gestões do setor público, e esse é o caminho.” Relatou  Lucas.

* Aurélio Lorenz, diretor geral do Observatório de Controle do Setor Público de Campos dos Goytacazes.

 Aurélio falou sobre a dificuldade dos cidadãos no papel fiscalizador. Para o diretor hoje nós temos o direito de acompanhar os atos de governo.

- O que agente percebe hoje é que há uma grande necessidade da sociedade se mobilizar para que possamos evitar que a corrupção prevaleça. Antigamente muitos achavam que comparecendo as urnas de dois em dois anos estariam cumprindo nosso dever cívico de forma completa e acabada. Mas esse pesamento mudou. Hoje não é mais assim, nós temos cada vez mais a consciência que nosso obrigação cívica e dever cívico tem que ser exercido e cumprido cotidianamente. Temos o direito de saber o que aquela pessoa que recebeu nosso voto está fazendo, e esse é um direito assegurado por lei. Acho que só assim através dessas iniciativas é que vamos conseguir realmente que a coisa pública seja tratada de forma mais séria e que o dinheiro que é arrecado através de nossos impostos seja empregado em ações que melhorem nossas vidas. Ressaltou Aurélio.

* Roberto Moraes, Pró-Reitor de Desenvolvimento Institucional do IFF em Campos dos Goytacazes.

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 Roberto fala do esforço da sociedade em relação ao valores  da honestidade e ética. Para o professor a sociedade deve ter acesso as informações e avaliar onde está sendo gasto cada recurso.

- Trata-se de um esforço importante para sociedade. Particularmente não acredito que o valor honestidade seja algo que vai ser julgado pela sociedade de uma forma natural. Até porque, se eu perguntar o que é honestidade para dez pessoas, cada pessoa vai ter uma opinião, e vamos ter várias opiniões diferentes. Da mesma forma os valores da ética, da religião, entre outros... Na verdade, acredito que para sociedade avançar é preciso que ela possa controlar o que está sendo feito. A medida que a sociedade tenha acesso a essas informações do que estar sendo comprado, quanto custa, ela poderá avaliar o que vale mais a pena. Se reformar uma praça por 30 mil reais ou equipar um Posto de Saúde, por exemplo. Prova disso, nós temos algumas pracinhas aqui em Campos que estão sendo reformadas por valores que ninguém pode imaginar, pode ser que algum engenheiro consiga me provar que aquela planilha seja correta, justa, mas é de se espantar quando vemos o valor total da obra. Assim a medida que a sociedade consiga avançar com orçamento participativo o controle ficará maior na minha ótica. E essa é uma iniciativa que deve partir do plano municipal. Concluiu o professor Roberto.

Por: Washington Luiz

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