Confusão na Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes repercute no Portal Imprensa da UOL.


Repercussão – Ontem (16) o "Portal Imprensa da UOL" entrou em contato com o Momento Verdadeiro, a repórter Jéssica Oliveira buscava mais informações sobre os fatos narrados pela jornalista Márcia Lemos, assessora de imprensa há 18 anos da "Câmara Municipal de Campos dos Goytacazes", onde a profissional relata que sofreu constrangimentos em confusão no estacionamento local.
(Jornalista Márcia Lemos disse que está arrasada) 
Segundo Márcia durante entrevero ouviu do presidente do Sindicato dos Servidores da Públicos da Prefeitura Municipal de Campos (Siprosep) a frase "vai para o inferno".

Confusão

Há cerca de um mês foram instaladas duas cancelas automáticas no estacionamento do local para controlar o fluxo de veículos, restrito aos vereadores, dois assessores de vereadores e funcionários do Legislativo, porém os usuários continuam confusos sobre o uso e ocorrem transtornos, entre eles o incidente em que a jornalista foi constrangida.

Segundo Márcia, ao tentar entrar no estacionamento havia um carro à frente dirigido pelo irmão de Sérgio Almeida, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da PMC, que foi buscá-lo. Porém, como ele não tem acesso, a jornalista ficou mais de 20 minutos usando a embreagem e o acelerador para o carro não descer, enquanto resolviam se ele entraria ou não.

Quando a jornalista percebeu que atrás dela estava o automóvel do diretor do Legislativo, ela saiu do carro e, com seu cartão liberou a passagem do veículo da frente na tentativa de resolver o problema. Porém, o cartão só pode ser passado uma vez e ela ficou presa. "Resolvido" o problema inicial, o diretor do Legislativo chamou a atenção da jornalista para que ela não fizesse mais isso. "Fui orientada de que não se pode fazer esse tipo de coisa, pois se ele não tem cartão, que peça", disse. 

Na saída, Sérgio Almeida já no carro com seu irmão deu "uma carteirada no segurança" para ele abrir a corrente e disse "que tem acesso na hora que quiser e que ninguém manda nele", escreveu a jornalista em seu blog. Ele "conseguiu sair do estacionamento ameaçando o segurança que ligaria para um vereador, muito amigo seu para liberar sua passagem. O segurança, temeroso, tirou a corrente e deixou o carro passar", diz a jornalista no texto.

O diretor disse que gostaria de conversar com a jornalista e com Almeida sobre o episódio e pediu que ela o avisasse. Márcia afirma que ligou para para ele e explicou o pedido do diretor. "Ele respondeu que o diretor não manda em nada na Câmara que é cargo temporário e me mandou para o inferno", afirma.

Prejuízo

Para a jornalista sair da rampa do estacionamento, o diretor do Legislativo teve que recuar, mas as marchas do carro de Márcia pararam de funcionar, fazendo seu carro descer sozinho. Ela teve que ficar fora do estacionamento e ver de ser rebocado no final do dia. Além do constrangimento, a jornalista terá que gastar para consertar a embreagem do veículo.

Indignação

“Há 18 anos trabalhando na Câmara eu nunca fui ofendida, muito menos mandada para o inferno por uma pessoa que nem trabalha lá e que disse ter acesso livre", lamenta. "Como uma pessoa de pavio tão curto, grosseira, prepotente, ignorante, sem preparo nenhum pode ser presidente de alguma coisa? Saber que ele representa os servidores da Prefeitura de Campos é demais. Como uma pessoa desqualificada como esse sujeito pode falar em nome de alguém, se nem mesmo em seu nome consegue falar o que quer. Não seria mais fácil ter pedido desculpas do que ter ofendido a mim e o diretor?", escreveu a jornalista em seu blog.

O Momento Verdadeiro questionou o presidente do Siprosep.

Ao Momento Verdadeiro o presidente do Siprosep disse que não estava no carro quando aconteceu a confusão envolvendo seu irmão, Vitor Almeida, a jornalista Márcia Lemos e o Sr. Amaro diretor da Câmara. 

“O carro, um Focus preto, pertence ao meu irmão. Eu não estava no carro.” Ressaltou Sérgio.  Indagado sobre as ofensas, Sérgio disse que seu advogado cuidará disso.
(Divulgação/Siprosep - Presidente Sérgio Almeida)
Já o senhor Vitor Almeida, irmão de Sérgio e proprietário do veículo, disse ao Momento Verdadeiro que não sabia que precisava de cartão para entrar na Câmara.  “Antes tinha uma corrente, to pesando que é o guarda que tinha o controle... tinha que falar com diretor” Explicou Vitor. Não falou sobre a confusão depois do acontecimento.



Comentários