Filho é preso suspeito de atear fogo na própria mãe em Campos dos Goytacazes.

Luiz Fernando seria usuário de drogas | Divulgação -Crédito da Foto: Jornal O Diário.

Barbaridade - Filho é suspeito de atear fogo na própria mãe. Luiz Fernando Balbi Gonçalves Ribeiro, de 30 anos, teria tentado matar a colunista social do jornal O Diário Maria Ester Balbi, de 62 anos. A vítima sofreu queimaduras em 54% do corpo na tarde da última terça-feira (21), em sua casa, à Rua Marcílio Martins, no Parque João Maria, em Campos dos Goytacazes.
Segundo informações do jornal O Diário, Luiz Fernando foi indiciado por tentativa de homicídio qualificado por emprego de fogo, meio que impossibilita a defesa da vítima, com causa de aumento pelo fato dela ter mais de 60 anos, com base na Lei Maria da Penha. 
Se condenado, ele pode pegar de 12 a 30 anos de prisão. Segundo o delegado da 134ª Delegacia Legal (DL/Centro) Rodrigo Maia, em momento algum Luiz Fernando demonstrou qualquer tipo de emoção. 
O filho da colunista foi conduzido ontem para a Cadeia Pública Dalton Crespo de Castro. 
Estado de saúde da vítima - O médico intensivista do Hospital Dr. Beda Afonso Celso Faria informou que Maria Ester está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde encontra-se sedada e respirando com auxílio de aparelhos (respirador). A pressão arterial permanece estável, a custa de medicamentos. Ela não apresenta quadro infeccioso. Foi programada uma sessão de hemodiálise, uma vez que a paciente é portadora de Insuficiência Renal Crônica.
Ainda segundo o relatório, o corpo clínico do hospital determinou o início de dieta enteral (por intermédio de sonda nasogástrica). O quadro clínico é considerado grave com prognóstico indefinido em função do risco de complicações a que está sujeita a paciente.
Vítima disse que fogo foi ateado pelo filho
Ao falar sobre o caso, o delegado explicou que Luiz Fernando foi conduzido à delegacia inicialmente para prestar depoimento de acidente doméstico. “Ele contou que foi higienizar com álcool o cateter da mãe, uma vez que ela faz hemodiálise. Disse que estava fumando, e que ao se mexer, a mãe derrubou o álcool no próprio corpo, e que o cigarro aceso dele caiu, pegando fogo nela. Ele chamou a ambulância. Achamos estranho e fomos ao Hospital Ferreira Machado, onde nos informaram que as queimaduras atingiram do tórax para cima. O lugar do cateter não foi atingido”.
Rodrigo Maia explicou ainda que diante dos fatos novos, ouviu novamente Luiz Fernando, que sustentou sua versão. “Fomos atrás da médica socorrista, que narrou que ele se negou a acompanhar a mãe, jogou os documentos dela dentro da ambulância, dizendo: ‘Se for para eu ir, então volta com ela lá pra dentro de casa e deixa ela morrer, porque lá dentro eu não vou’. No caminho a médica falou para a vítima que o filho não quis seguir ao hospital e ela falou: ‘ele tocou fogo em mim ’”.
Delegado obtém pistas
Delegado Rodrigo Maia | Crédito da foto: O Diário.
O delegado Rodrigo Maia explicou ainda que ao seguir com sua equipe até a casa da vítima, ele se deparou com mais evidências que desmontariam a tese da “guimba de cigarro no álcool derramado”, cigarro contada pelo filho da vítima, já que ele não encontrou a referida “guimba” no local. “Havia no local duas garrafas de álcool vazias e uma caixa de fósforo. Constatamos então que ele pode ter se arrependido do ato, porque havia sinais de arrastamento no chão. Ele levou a vítima, ainda em chamas, para dentro do banheiro, colocando-a debaixo do chuveiro para apagar o fogo. Depois usou dois baldes com água para apagar o fogo nos lençóis. Ele até queimou as mãos”, explicou o delegado.
Rodrigo Maia acrescentou que Luiz Fernando seria usuário de drogas. “Apuramos que ele faz uso de maconha e que havia discutido com a mãe por esse motivo. Embora tenha demonstrado arrependimento, ele é uma pessoa muito fria. Isso também chamou a atenção da equipe socorrista”.
As informações são do Jornal "O Diário".

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