Veja revela esconderijo de laranja que pode escancarar o propinoduto da Delta.

*Revista Veja

O jovem Bruno Estefânio de Freitas, de 20 anos, pode ser a peça-chave na rede de laranjas e fantasmas aos quais a construtora Delta repassou quase 1 bilhão de reais para irrigar campanhas e bolsos de políticos de todo o país, é o que mostra uma reportagem da Revista "Veja".

Bruno trabalhou como contínuo, mas hoje está desempregado. Segundo a Veja, o rapaz consta como dono de uma pujante empresa de terraplenagem que, entre março de 2011 e maio de 2012, recebeu 33 140 000 reais da Delta.

Ainda de acordo com informações da revista Veja, em julho que ele entrou no radar do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), do Ministério da Fazenda, ao chegar a uma agência bancária na Barra da Tijuca, com escolta armada, e sacar de uma só vez 5 milhões de reais.

O paradeiro do contínuo paira como um mistério na favela do Muquiço, Zona Norte do Rio de Janeiro, de onde ele evaporou sem deixar rastros há cerca de um mês. 

Foto reprodução | Crédito de Oscar Cabral/Ed Ferreira/AE.

Mas de acordo com informações da revista Veja, ele está instalado em uma confortável casa de condomínio fechado em Jacarepaguá. Atualmente, divide-se entre esse e outro endereço, onde vive sob permanente escolta de seguranças e de onde só sai mantendo-se invisível por trás dos vidros fumê dos carros. 

A CPI que investiga o bicheiro Carlinhos Cachoeira, enroladíssimo no esquema, está ciente da existência de Bruno - o único, entre vários laranjas já identificados, a ser flagrado com a mão na massa. Na semana passada, chegou-se a discutir sua convocação. Mas, em vez de darem o passo decisivo para revolver o lamaçal de corrupção, os deputados e senadores optaram por suspender os trabalhos até o fim do primeiro turno das eleições municipais.