Corpo de sertanejo morto após suposta troca de tiros com a PM deve ser exumado.


 “Meu filho nunca portou arma de fogo. Ele não era bandido. Era cantor, músico e intérprete. A única arma dele era o violão”, declarou dona Terezinha Luiz Vinhal, de 54 anos, mãe do cantor sertanejo José Bonifácio Sobrinho Júnior, conhecido como Boni Júnior, nesta quinta-feira, 13 de dezembro. As informações são do portal G1.
(Perícia diz que cantor Boni Júnior foi baleado | Foto reprodução internet)
Hoje a polícia realizou a reconstituição do dia da morte do cantor. Segundo um dos delegados responsáveis pela investigação, Ricardo Chueire, ficou comprovado pela perícia técnica que a cena da morte foi alterada e que o artista foi alvejado com um tiro na cabeça. Corpo do sertanejo deverá ser exumado para ajudar nas investigações, mas a data ainda não foi definida.

Na época do acidente, os PMs contaram que o cantor estaria fazendo manobras perigosas na cidade de Panamá e, quando percebeu a presença da polícia, teria tentado fugir para Goiatuba. De acordo com eles, uma barreira foi montada na pista para deter o músico, mas ele não teria parado e bateu no carro da polícia. Os PMs contaram também que Boni Júnior atirou contra os carros da polícia e, por isso, os militares teriam disparado contra o carro que ele conduzia.

Boni tinha 28 anos e morreu no dia 28 de outubro deste ano. De acordo com a Polícia Militar na época, ele se envolveu em um acidente com um carro da corporação após furar um bloqueio policial na GO-515, que liga Panamá a Goiatuba, e atirou contra os militares. A família, no entanto, contesta a versão. 

O corregedor da Polícia Militar de Goiás, Coronel Lourival Camargo, informou ao G1 que caso seja comprovado que Boni Júnior foi vítima de homicídio, os policiais envolvidos serão penalizados: “A mesma preocupação que a Polícia Civil tem em desvendar o caso nós também temos, pois a instituição não é conivente com essa conduta. Se de fato eles tiverem envolvimento no crime, serão submetidos a procedimento ético e a até a uma provável exclusão da corporação”.

Momento Verdadeiro| Fonte: "G1".

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