Ex-pugilista Maguila está internado na ala psiquiátrica do Hospital das Clínicas SP


O ex-boxeador Adilson “Maguila” Rodrigues está internado na ala psiquiátrica do Hospital das Clínicas, em São Paulo, em decorrência do mal de Alzheimer. O lutador tem 54 anos. As informações são do site R7.
( Crédito da foto: Futura Press)
Ainda de acordo com a publicação, segundo informações da esposa dele, Irani Pinheiro, os sintomas do Alzheimer vinham se agravando nos últimos tempos e, por isso, ele acabou internado na última quinta (17). O lutador estava se recusando a tomar os remédios, além de ter uma maior perda de memória e apresentar uma agressividade crescente. 

Maguila foi diagnosticado com a doença em 2009, será reavaliado pela equipe médica na próxima segunda-feira(21) e poderá até receber alta da ala psiquiátrica se melhorar. 

Maguila é um dos grandes pesos pesados do boxe nacional. Ele chegou a realizar duelos contra as lendas Evander Holyfield e George Foreman no fim dos anos 80 e começo dos anos 90, mas acabou nocauteado por ambos no segundo round. 

Conheça um pouco sobre a Doença de Alzheimer (Reprodução do site do Dr Drauzio Varella)
Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade. A causa da doença é desconhecida.

Quadro clínico: A doença se instala de forma insidiosa, com queixas de dificuldade de memorização e desinteresse pelos acontecimentos diários, sintomas geralmente menosprezados pelo paciente e familiares.

Inicialmente é comprometida a memória de trabalho, memória de curta duração que nos permite exercer a rotina diária. Os pacientes esquecem onde deixaram as chaves do carro, a carteira, o talão de cheques, o nome de um conhecido. Com o tempo, a pessoa larga as tarefas pela metade, esquece o que foi fazer no quarto, deixa o fogão aceso, abre o chuveiro e sai do banheiro, perde-se no caminho de volta para casa.

Caracteristicamente, esses “esquecimentos” se agravam quando o paciente é obrigado a executar mais de uma tarefa ao mesmo tempo. A perda de memória é progressiva e obedece a um gradiente temporal, segundo o qual a incapacidade para lembrar fatos recentes, contrasta com a facilidade para recordar o passado.

As primeiras habilidades perdidas são as mais complexas: manejo das finanças, planejamento de viagens, preparo de refeições. A capacidade de executar atividades mais básicas como vestir-se, cuidar da higiene ou alimentar-se, é perdida mais tardiamente.

Com o tempo a dificuldade de aprendizado se acentua. Quando colocamos o paciente diante de uma lista de palavras e pedimos que as evoque ao terminar de memorizá-las, o desempenho é medíocre.

A linguagem, comprometida discretamente no início do quadro, torna-se vazia, desprovida de significado, embora a fluência possa ser mantida. A orientação espaço-visual se deteriora, criando dificuldade de orientação e de reconhecimento de lugares anteriormente bem conhecidos.

O quadro degenerativo se estende às funções motoras. Andar, subir escadas, vestir-se, executar um gesto sob comando, tornam-se atividades de execução cada vez mais problemática.

A percepção das próprias deficiências, preservada no início, fica gradualmente comprometida. Na fase avançada, mutismo, desorientação espacial, incapacidade de reconhecer faces, de controlar esfíncteres, de realizar as tarefas de rotina, pela alteração do ciclo sono/vigília e pela dependência total de terceiros são sintomas característicos da doença. Dos primeiros sintomas ao óbito a sobrevida média é de 6 a 9 anos.


Momento Verdadeiro|Com Agências

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