"Fantástico": Estudos mostram que a cura da Aids pode estar próxima.

Neste domingo, 14 de abril, o "Fantástico",  da TV Globo, exibiu uma reportagem sobre a Aids.  
A matéria mostrou que no Brasil são diagnosticados 38 mil casos novos a cada ano. E ao todo, 11 mil brasileiros ainda morrem da doença todos os anos. 135 mil pessoas têm o vírus, mas não sabem.

A Aids é uma doença que atinge mais de 400 mil brasileiros. A infecção pelo HIV ocorre quando o vírus penetra nos glóbulos brancos, as células de defesa do organismo. Para conseguir se multiplicar, ele precisa misturar os seus genes com os genes da célula. E, quando esse vírus escapa para cair na circulação e infectar novos glóbulos, o HIV recém-nascido mata a célula que lhe deu origem. É um ciclo que pouco a pouco destrói o sistema de defesa. O tratamento com o coquetel  não consegue atingir o HIV que permanece dentro dos glóbulos brancos. O vírus continua ali, protegido.O desafio que a ciência enfrenta é como retirar esses vírus dos esconderijos e jogá-los na circulação para que eles possam ser destruídos pelos antivirais altamente eficazes que nós temos hoje. Grande parte das pessoas HIV positivas tratadas com antivirais consegue eliminar o vírus da circulação. O exame de sangue mostra: carga viral indetectável. O problema é que elas não conseguem ficar livres do vírus que está escondido dentro das células. Os remédios que ela toma matam os vírus assim que eles saem das células,  explica o doutor Drauzio Varella.

A nossa suspeita é a de que algumas medicações agem melhor nesses esconderijos, explica o pesquisador escocês Mario Stevenson, da Universidade de Miami.

O grande diferencial da pesquisa dele é o uso de medicamentos antivirais em doses capazes de obrigar os vírus indetectáveis a sair das células e aparecer na corrente sanguínea. Se nós conseguirmos que as drogas entrem nesses esconderijos, nós podemos reduzir drasticamente a duração da vida do vírus, completa o especialista. Por enquanto, o teste está sendo feito com macacos. Os resultados são animadores. O estudo será publicado numa das mais respeitadas revistas científicas, a Science.

O esloveno Matija Peterlin tem focado sua atenção na chamada cura funcional da Aids. Durante décadas, o coquetel de remédios mantém a carga viral no sangue igual a zero. Mas basta interromper os medicamentos por alguns dias para que o HIV volte para a circulação. A cura funcional traz para fora o vírus escondido, até um ponto em que sobre tão pouco que o sistema de defesas convive com ele sem problemas.

Pesquisa revela que 22,7% da população adulta brasileira sofrem de hipertensão.

Foi isso que aconteceu com um bebê norte-americano, no mês passado. Mas o diagnóstico foi comemorado com cautela pelos médicos. No bebê, a ação foi mais eficaz do que em adultos porque a medicação foi aplicada logo após o nascimento, sem dar chance para o vírus se esconder, contou o médico.

Em todo mundo, até agora, apenas uma pessoa eliminou a Aids do corpo. O americano Timothy Ray Brown era HIV positivo e tinha leucemia. Em 2007, ele recebeu um transplante de medula óssea. Todo seu sistema imunológico foi substituído pelo o que veio do doador. Acontece que o doador não tinha a proteína que serve de maçaneta para o vírus abrir a porta de entrada da célula. Sem essa proteína, o vírus no corpo de Timothy morreu por conta própria.

Enquanto a tecnologia mais avançada ajuda os cientistas a encontrar a cura da Aids, no Brasil enfrentamos os velhos problemas. Por medo, as pessoas não fazem o teste. Só descobrem que são HIV positivo na fase avançada da doença. Quando correm o risco de morte.

A reportagem mostrou ainda que é grande o número de pessoas com 20, 22 a 24 anos que estão infectados. Os jovens acham que o vizinho pode pegar HIV. Mas eles não. (As informações são do "Fantástico).

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