Thor e Eike Batista serão investigados por suposto acordo financeiro no caso do ciclista.

O filho do empresário EIke Batista, Thor Batista, foi condenado pela justiça, nesta quarta-feira (5), a prestar dois anos de serviço comunitário e a pagar R$ 1 milhão pelo atropelamento e morte do ciclista Wanderson Pereira dos Santos, na BR-040, em Xerém, na Baixada Fluminense, em março de 2012. O filho do empresário com Luma de Oliveira ficará sem dirigir por dois anos. Abaixo um trecho do discurso da magistrada Daniela Barbosa Assumpção de Souza.
(Reprodução internet)
"Como disse em seu interrogatório, as multas de trânsito não eram problema dele, mas, sim, de alguma secretária. Bastava pagar, e pronto. E, também, somente soube pela mídia sobre a quantidade de pontos acumulados em sua carteira de habilitação. Com tamanha blindagem, restou ao Acusado a melhor parte: dirigir seus carros fora-de-série, aproveitando ao máximo aquilo que parece ser um dos seus maiores prazeres, a velocidade. E foi assim, livre para dirigir da forma que desejasse, desrespeitando as normas administrativas e legais, que o Réu atropelou e matou Wanderson Pereira dos Santos no começo da noite do dia 17 de março de 2012", escreveu a juíza Daniela Barbosa.

A juíza da 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias, ainda determinou a abertura de novo processo criminal. Esse novo processo será para investigar um acordo financeiro firmado entre o réu (Thor), a família da vítima  (Maria Vicentina Pereira, tia do ciclista e Cristina dos Santos Gonçalves, companheira do ciclista) e o bombeiro (Marcio Tadeu Rosa da Silva), que prestou assistência no dia do acidente, e o pai do réu (o empresário Eike Batista).

"Determino a extração de peças ao Ministério Público para a apuração de eventual prática de crime por parte de: Eike Fuhrken Batista, Thor de Oliveira Fuhrken Batista, Maria Vicentina Pereira, Cristina dos Santos Gonçalves e Marcio Tadeu Rosa da Silva ", a magistrada ainda completou, "Parece estranho que um bombeiro militar receba, a título de 'compensação', a quantia de R$ 100 mil pelo auxílio e consolo à família da vítima". "Entendo que, na verdade, é função do bombeiro militar agir para salvar vidas, minorar os danos, ser cordial e auxiliar no que for preciso, não tendo o mesmo praticado atos além daqueles que deveria praticar por dever de ofício." diz a magistrada em sua decisão.

O perito Rodolfo de Moraes, que relatou o primeiro laudo e apontou que Thor estava na velocidade de 110 km/h também será investigado, já que o laudo de outro perito apontou que o filho de Eike estava a 135 km/h.

(*) Com Agências

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