Polícia Federal conclui boato do Bolsa Família: "foi espontâneo".

(Foto:Agência Brasil)
Nesta sexta-feira, 12, a Polícia Federal concluiu as investigações sobre os boatos que, em maio, levaram milhares de beneficiários do Bolsa Família a sacar o dinheiro do programa, causando grande tumulto em várias cidades. 

Segundo a PF o boato não ocorreu de forma intencional, "foi espontâneo não havendo como afirmar que apenas uma pessoa ou grupo os tenha causado"."Conclui-se, assim, pela inexistência de elementos que possam configurar crime ou contravenção penal", afirma a PF. No caso, mais de 200 pessoas foram ouvidas, entre beneficiários e gerentes da Caixa Econômica Federal. Das pessoas ouvidas, aproximadamente 40% encontrava-se na data correta do cronograma de pagamento da bolsa. Entre os motivos que levaram os demais beneficiários às agências bancárias, constam: a ciência da antecipação do pagamento por motivos diversos, a informação de um possível adicional em virtude do dia das mães e a notícia de um suposto cancelamento do programa, respectivamente.


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Ainda de acordo com o inquérito, os boatos de que havia dinheiro disponível fora da data marcada e de que o programa iria acabar foram espalhados espontaneamente, sem participação de empresas de telemarketing, rádios comunitárias ou redes sociais. “No entanto, a postagem desta informação não foi a origem dos boatos. Assim sendo, a internet e as redes sociais apenas reproduziram notícias veiculadas pela imprensa sobre os tumultos em agências bancárias”, informa a PF. “Da mesma forma, não ficou configurada a utilização de rádios comunitárias, telemarketing ou empresa contratada para a disseminação da informação de cancelamento do programa”, destaca a investigação da PF. “Apenas uma beneficiária no Rio de Janeiro noticiou ter recebido telefonema a respeito, depoimento que não se repetiu em nenhuma outra oitiva.”

O inquérito será remetido para um juizado especial criminal do Distrito Federal. Na época do ocorrido o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que o surgimento do boato ocorreu por meio de uma empresa de telemarketing. A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, afirmou, por sua vez, que partidos de oposição teriam orquestrado os boatos. As duas versões foram desmentidas nesta sexta-feira pela Polícia Federal. 

Momento Verdadeiro com informações do G1/ Estadão.

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