Marco Feliciano e Jean Wyllys trocam farpas no Twitter.

Os deputados federais Marco Feliciano (PSC-SP) e Jean Wyllys (PSol - RJ) trocaram acusações e xingamentos, mais uma vez, na última semana, pelo microblog Twitter. Projetos envolvendo questões homossexuais, que tramitam na Câmara dos Deputados, foram o pano de fundo da nova 'troca de farpas'.
Duas propostas pretendem retirar direitos obtidos pelo grupo LGBT nos últimos meses. A primeira de autoria de André Zacharow (PMDB-PR) e relatada por Marcos Rogério (PDT-RO) tem como efeito prático tentar derrubar a decisão de reconhecimento da união civil de pessoas do mesmo sexo pelo Supremo Tribunal Federal (STF), utilizando um plebiscito.

O outro projeto quer sustar por decreto legislativo a resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que obrigou cartórios de todo país a registrar casamentos de homossexuais. Essa é de autoria de Arolde de Oliveira (PSD-RJ) e relatada por Pastor Eurico (PSB-PE).

Além dessas, foi rejeitada a ideia de que companheiros gays poderiam se tornar dependentes dos segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para assuntos e benefícios previdenciários. Para essa recusa, foi essencial a atuação do deputado Pastor Eurico, que era o relator.

Todos os projetos acima devem passar por análises de comissões e do plenário do Congresso Nacional.

Esses casos foram discutidos na quarta-feira (20) na Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), presidida por Feliciano. Wyllys, ativista LGBT e ex-participante do Big Brother Brasil (BBB), não participou desses debates em Brasília (DF). Sobre isso, o pastor comentou: “Se representasse a sua classe de verdade, estaria na CDHM para marcar posição, defender, argumentar, mas esse sub-intelectual é covarde!

E continuou: “Também os partidos que abandonaram a CDHM fugiram do debate. [...] Quem foge do debate não é republicano, tampouco democrático, são apenas histéricos radicais”, postou Marco no Twitter no dia 21 de novembro. Ele ainda afirmou que o parlamentar do PSoL negou participação em um debate proposto por uma revista entre os dois.

Antes disso, no quarta (20), Jean Wyllys fez diversas provocações na mesma rede social: “A tal CDHM hoje é uma igreja de fundamentalistas. Nada que venha de lá deve ser levado a sério”, concluiu ele em uma série de 14 tweets. Nesses, ele chamou o presidente da CDHM – Feliciano – de “inoperante”, “incompetente”, “improdutivo” e “vendilhão”.