Cerveja deve ficar entre 10% e 12% mais cara para o consumidor, diz jornal.


A cerveja poderá ficar entre 10% e 12% mais cara para o brasileiro, em bares e restaurantes, antes mesmo de a Copa do Mundo começar. Segundo Paulo Solmucci, presidente nacional da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), a previsão se baseia na soma dos reajustes dos valores do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do PIS/Cofins, cobrados por litro em bebidas como água, refrigerante, chope, cerveja e energéticos, entre outras, que passarão a valer a partir do dia 1º de junho.

"O que estamos indignados é que o setor vai passar para vilão. O imposto vem escondido. Então, todo mundo vai achar que o setor está aumentando oportunamente na Copa do Mundo de 2014, enquanto o dinheiro estará indo para o governo" queixa-se Solmucci.

Segundo Hipólito Mororó, gerente do Petisco da Vila, em Vila Isabel, se, de fato, houver reajuste, ele será repassado para o consumidor: "Ainda não estamos sabendo oficialmente se haverá aumento. Mas, caso haja, não teremos como segurar (os preços)."

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Darcílio Junqueira, superintendente do Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes do Rio, afirmou que os estabelecimentos serão obrigados a repassar os valores para os consumidores. "Aí, surgem as queixas de que os bares e restaurantes estão caros. Não estão. É a carga tributária que está pesada" destacou Junqueira.

Em nota, a Receita Federal esclareceu que não houve reajuste nos percentuais do IPI, PIS e Cofins das bebidas frias, mas, sim, o ajuste dos valores da tributação aos preços já cobrados pelo mercado, uma vez que a incidência de impostos ocorre por litro. Segundo o órgão de arrecadação, uma embalagem de 600 mililitros de cerveja vendida a R$ 4,66 deverá pagar, em média, R$ 0,12 a mais em tributos (considerando IPI, PIS e Cofins somados). Nesse caso, o reajuste vai representar uma inflação de 2,57%, percentual bem abaixo do estimado pela Abrasel.

Os três impostos federais que incidem sobre os litros das bebidas são pagos somente pela indústria. No entanto, a alta costuma ser repassada para as distribuidoras e, por fim, para os pontos de venda, como bares, restaurantes e supermercados. No dia 30 de abril, quando foi publicada a tabela com os novos valores dos tributos no Diário Oficial da União, a Receita Federal divulgou, em nota, que os preços devem subir, em média, 2,25% para o consumidor final.

Fonte: Extra

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