"UPP é um latão e mais nada", diz Garotinho.

O deputado federal Anthony Garotinho, que é pré-candidato pelo Partido da República (PR-RJ) ao Governo do Estado do Rio de Janeiro, concedeu entrevista ao jornal carioca 'O Dia' neste domingo, 25. A entrevista aborda vários temas, entre os assuntos mais polêmicos, Garotinho falou sobre a acusação de estar por trás dos protestos no Rio de Janeiro e sobre as Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), programa de pacificação em comunidades dominadas pelo tráfico de drogas, implantado pelo ex-governador Sérgio Cabral.   

Sobre a acusação de estar por trás dos protestos, Garotinho se defende com uma série de questionamentos: "Sou a Geni da vez. Os erros deles agora são culpa minha. Greve de bombeiros? Culpa do Garotinho. Greve de garis? Culpa do Garotinho. Greve de professores? Culpa do Garotinho. Passeata de protesto? Culpa do Garotinho. Incrível, não?"

Indagado sobre as UPPs, Garotinho dispara: "Converse com os policiais civis e militares. Eles são testemunhas. O que o Sérgio Cabral fez foi colocar um latão (contêiner) na comunidade e chamar de UPP. Isso é política de segurança? Se tirar o latão, fica o quê?"

Caso volte a governar o Estado do Rio de Janeiro, Garotinho diz o que faria com as UPPs: "A polícia, em qualquer lugar do mundo, é o último recurso. Quando falham a família, a escola, a igreja, chama a polícia. Mas eles querem colocar como primeiro recurso. Não funciona. Vamos recuperar todos os programas de prevenção que o Cabral acabou. Jovens pela Paz, Reservistas da Paz. Naldo, o MC, foi do Jovens pela Paz. Depois, modernização do aparelho policial. Fiz as delegacias legais, a sede do Bope, laboratório de DNA, primeiro projeto piloto de UPP no morro do Cavalão. A PM usava revólver 38 quando comprei as primeiras pistolas. E, por último, repressão qualificada. Mas como vai ter isso com um policial que treina apenas seis meses? Por isso, eles estão morrendo e matando inocentes. Vou criar companhia legal, com defensor, programas sociais, médicos, dentistas, carteira de trabalho, identidade. Tem que levar cidadania, não só policia ". 

O ex-governador não ainda revelou quem seu partido vai apoiar para Presidência da República nas eleições de 2014, no entanto, disse que já gravou alguns anúncios. Garotinho e Dilma, do Partido dos Trabalhadores (PT). Garotinho e Aécio Neves, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Garotinho e Eduardo Campos, do Partido Socialista Brasileiro (PSB), que tem Marina como vice. A entrevista na íntegra pode ser lida (aqui).

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*Com informações do jornal O Dia.

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