Rebeldes derrubam helicóptero ucraniano.

Rebeldes separatistas pró-Rússia derrubaram hoje (24) um helicóptero militar ucraniano perto de Slaviansk, na região leste da Ucrânia, matando os nove soldados a bordo do aparelho, de acordo com um porta-voz do Exército ucraniano.

O ataque aconteceu um dia depois do anúncio dos dirigentes separatistas pró-russos de que aceitam um cessar-fogo provisório até sexta-feira (27) e de que estão abertos a negociações com as autoridades pró-europeias de Kiev.

“Havia nove pessoas a bordo do helicóptero, um Mi-8. Segundo as primeiras informações, estão todos mortos”, escreveu o porta-voz Vladislav Selezniov, em sua conta pessoal no Facebook.

O porta-voz explicou que o aparelho militar foi abatido por um foguete disparado a partir de um sistema de defesa aérea móvel. O armamento pesado, segundo as autoridades de Kiev, é fornecido por Moscou. A Rússia nega o envio de armas para as regiões separatistas.

O helicóptero militar ucraniano estava voltando para a base depois de ter transportado equipamentos para um local não especificado da zona de conflito.

Segundo um jornalista da agência francesa AFP,  o exército ucraniano e os separatistas pró-russos se envolveram hoje numa troca de tiros na cidade rebelde de Slaviansk, região de Donetsk. 

Um alto representante da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou hoje que os confrontos entre o Exército ucraniano e os rebeldes pró-russos na região leste da Ucrânia fizeram, entre 15 de abril e 20 de junho, um total de 423 mortos, civis e militares.

Ivan Simonovic, secretário-geral adjunto para os Direitos Humanos da ONU, destacou que o número de deslocados na Ucrânia "duplicou nas últimas duas semanas, com grandes deslocamentos,  estimados em cerca de 15,2 mil pessoas nas regiões de Donetsk e de Lugansk".

Até segunda-feira (23), o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) registou um total de mais 46,1 mil deslocados, 11,5 mil provenientes da península da Crimeia e cerca de 34,6 mil vindoss da região leste da Ucrânia. Acompanhe nossas atualizações pelo Facebook e Twitter.

Fonte: Agência Brasil | Foto: Reprodução de Internet.