Em Davos, Levy diz que políticas anticíclicas têm seus limites.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, reforçou em entrevista ao jornal britânico Financial Times que o Brasil caminha para um período de austeridade e reformas econômicas pelo lado da oferta, o que significa reavaliar impactos causados pela diminuição da carga tributária nas variáveis macroeconômicas, como inflação, emprego e produtividade.

Ele afirmou que as reformas estão alinhadas com tendências internacionais, particularmente as políticas destinadas a estimular a economia dos Estados Unidos e da China. “O mundo está mudando e está na hora do Brasil mudar”, afirmou o ministro. Em Davos (Suíça), onde participa do Fórum Econômico Mundial, Levy ponderou que políticas anticíclicas têm seus limites, especialmente quando você vê as duas maiores economias do mundo também mudando seus padrões.

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O ministro deixou claro que não haverá cortes no Bolsa Família e argumenta que “os protestos de 2013 foram por um governo melhor, não por mais governo”. Ele afirma estar confiante que “no Brasil, a maioria das pessoas está pronta a pagar por serviços”.

Levy afirmou que, para recolocar as finanças em ordem, “teremos de cortar em várias áreas”. Ele manifestou a intenção de descartar subsídios e acertar preços, enfatizando o setor de “energia e outras áreas”, como potenciais alvos.

Além disso, Joaquim Levy gostaria de ver reformas em áreas sociais, argumentando que o formato dos benefícios do seguro-desemprego está “completamente defasado”.


Ele argumenta que o País precisa agora mais de reformas pelo lado da oferta do que de um estímulo à demanda e expressou confiança de que “assim que colocarmos a casa em ordem, a reação será positiva”.

O ministro afirmou ainda que “não está sozinho no governo” em suas intenções de fazer reformas econômicas. E argumenta que partidários destas reformas também se tornaram seu colegas, ao assumirem ministérios-chave na nova administração da presidenta Dilma Rousseff.
   
Fonte: Blog do Planalto.