Papa pede que novos cardeais não sejam fechados às diferenças.


O papa Francisco pediu em uma missa neste domingo (15), que contou com a presença dos 20 novos cardeais católicos, que os religiosos não sejam "fechados" às diferenças.

O pontífice pouco antes de nomear os 20 cardeais em cerimônia de nomeação no Vaticano, neste sábado, 14, que espera que os novos cardeais não aceitem a injustiça e que quem assume essa distinção deve ter "um forte sentido da Justiça, de modo que não aceite nenhuma injustiça".

Durante a missa deste domino o pontífice disse que Jesus "não quer pessoas fechadas, que se escandalizam com qualquer abertura, com qualquer passo que não entra em seus padrões de pensamento e de espiritualidade, com qualquer carinho ou ternura que não corresponde aos seus hábitos de pensamento e sua pureza de ritual", destacou Jorge Mario Bergoglio.

Segundo o Pontífice, os religiosos que lideram a Igreja são "tentados a estar com Jesus sem a vontade de estar com os marginalizados, isolando-se em uma casta que não tem nada de autenticamente eclesial".


O Papa também condenou a lógica de "salvar os sãos, proteger os justos e protegê-los de qualquer risco, de qualquer 'perigo', tratando sem piedade os 'contagiados'". O discurso segue a linha da postura adotada por Bergoglio, de ser uma Igreja que se abre sem medo a todos que a procuram. 

Este é o segundo consistório do pontífice argentino, que nomeia cardeais de países que nunca os tiveram. Só dois são italianos, embora a Itália continue sendo o país mais representado no Colégio cardinalício. Os novos cardeais são de Etiópia, Vietnã, Nova Zelândia, Mianmar, Tonga e Cabo Verde, entre outros.


Fontes: Jornal do Brasil/ Terra