Ponte Rio-Niterói é fechada por causa de protesto.

Rio  - Funcionários do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) interditaram nesta terça-feira (10) as duas pistas da Ponte Rio-Niterói. De acordo com a Secretaria Estadual de Transportes, 300 trabalhadores participam da manifestação. Já de acordo com a CCR-Ponte, 150 manifestantes participam do protesto. Ainda segundo a concessionária, a pista sentido Rio foi interditada na altura do vão central por volta das 11h30. Agentes da Polícia Rodoviária Federal acompanham a manifestação.

Segundo o Centro de Operações Rio, a pista sentido Niterói foi fechada às 12h48. A concessionária CCR Ponte colocou em ação um plano de emergência. Os motoristas que chegam da BR-101 encontram o início da Ponte Rio-Niterói fechado, para evitar que fiquem presos no congestionamento.

Após 1h30 de fechamento, a Polícia Rodoviária Federal afirmou à TV Globo que a dispersão no local é difícil e não pode causar pânico nos manifestantes e nem nos motoristas. Os policiais seguem tentando uma negociação pacífica. Seis ônibus da PRF foram levados ao local para a retirada dos manifestantes. Os motoristas encontram trânsito confuso nos dois sentidos.

Manifestantes querem receber atrasados


Este á mais um dia de protestos dos funcionários terceirizados do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), que afirmam não receber salários há três meses.

No dia 22 de janeiro, os trabalhadores realizaram uma manifestação em frente ao prédio da Petrobras, no Centro do Rio. Os funcionários reivindicavam o pagamento dos direitos trabalhistas, tanto dos efetivos quanto dos recentemente demitidos, e uma definição por parte da empresa sobre a continuidade do trabalho no complexo, que foi interrompido.

No dia 15, houve um grande protesto contra o atraso nos pagamentos em Itaboraí. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Empregados nas Empresas de Montagem e Manutenção de Itaboraí (Sintramon), manifestação também foi os atrasos no pagamento do vale alimentação, plano de saúde e de outros benefícios.

Segundo o sindicato, cerca de 2,5 mil pessoas estão com os salários atrasados, sendo que 127 não recebem desde novembro de 2014. Desde o início dos protestos, na quinta-feira (8), os acessos às obras são bloqueados provocando a paralisação das atividades.

O Sintramon entrou na Justiça do Trabalho de Itaboraí com uma medida cautelar para garantir o pagamento dos trabalhadores. A empresa pagou apenas duas das três parcelas do que havia acertado no Ministério Público do Trabalho para a quitação das verbas rescisórias de cerca de 200 demitidos. 
   
Fonte: G1/Rio de Janeiro.
Edição: Gelsienny Terra
Fotos: Reprodução TV Globo