Ministério Público instaura inquérito civil para investigar Geraldo Alckmin por desapropriações.

Presidenciável na mira do Ministério Público de São Paulo. Um inquérito civil para apurar suposto favorecimento a familiares do candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, por meio de dois decretos de desapropriação de terras assinados por ele enquanto governador de São Paulo, em 2013 e 2014, foi instaurado ontem (24).

A investigação foi aberta com base em uma reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, segundo a qual as desapropriações para prolongamento do trecho da rodovia Raposo Tavares que contorna a cidade de São Roque (SP) atingiram propriedades de um sobrinho do tucano, Othon César Ribeiro, e da então mulher dele, Juliana Fachada César Ribeiro.

De acordo com a Folha, os decretos de desapropriação renderam ao menos 3 milhões e 800 mil reais a Othon e Juliana, divididos em 2 milhões e 200 mil reais por uma área de 28.400 metros quadrados, que chega a 3 milhões de reais, incluídos juros e correção monetária; e 819 mil reais por um terreno de 15.700 metros quadrados, dinheiro já depositado pela concessionária CCR ViaOeste, embora não haja sentença definitiva. A obra na rodovia custou, no total, 84 milhões e 600 mil reais. A reportagem diz ainda que o projeto original não passava pelas terras dos familiares de Geraldo Alckmin.

A Executiva Nacional do PSDB informou, por meio de nota, que “é incrível que, faltando poucos dias para o pleito presidencial, um membro isolado do Ministério Público tome medidas dessa natureza, baseado tão somente em notícia de um veículo de comunicação, sendo que na própria reportagem foram prestados esclarecimentos cabais”. Alckmin afirma que não houve interferência no traçado da rodovia e que é “descabida e ofende o bom senso” a ideia de que as desapropriações foram manipuladas. (Com informações do jornal Folha de São Paulo).

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