Delação: Palocci diz que Lula pediu para usar dinheiro ilícito na campanha de Dilma.

Notícias do Momento. Repercute bastante nesta terça-feira a decisão do juiz federal Sergio Moro de retirar o sigilo de um trecho da delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci.

Palocci fala sobre uma suposta reunião no Palácio da Alvorada, em 2010, em que o ex-presidente Lula teria pedido ao então presidente da Petrobras que encomendasse a construção de 40 sondas de exploração de petróleo para arrecadar propina à campanha de Dilma à Presidência naquele ano. Palocci já havia relatado a reunião em depoimento a Moro na Operação Lava Jato.

De acordo com Palocci, ainda na reunião, Lula lhe pediu que gerenciasse o dinheiro ilícito arrecadado a partir da corrupção nos contratos das sondas “e o seu devido emprego na campanha de Dilma para a Presidência da República”.

O ex-ministro relatou ainda que essa foi a primeira vez em que Lula tratou de propina abertamente, no entanto, Palocci que o ex-presidente sabia da corrupção na estatal, na atuação de ex-diretores como Renato Duque, indicado pelo PT à Diretoria de Serviços, e Paulo Roberto Costa, indicado pelo PP à Diretoria de Abastecimento. Segundo Antonio Palocci, era comum, “em ambientes restritos”, Lula “reclamar e até esbravejar sobre assuntos ilícitos que chegavam a ele e que tinham ocorrido por sua decisão”.

Sobre a delação de Palocci - Cabe ressaltar que o Ministério Público Federal se recusou a fechar o acordo porque as provas apresentadas eram insuficientes – e não havia garantia de que seria possível descobrir outras por meio do relato. O acordo só pôde ser homologado depois de uma decisão do Supremo Tribunal Federal de junho passado. 

Lula diz que Palocci mente.

Defesa de Lula - A falta de evidências concretas para embasar a narrativa de Palocci permitiu que a defesa emitisse uma negativa contra as alegações e que o Partido dos Trabalhadores visse, na divulgação da delação às vésperas da eleição, uma tentativa de requentar fatos para explorá-los politicamente. Com informações do portal G1 e Revista Veja.

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