Não se iluda.

Opinião: Iludindo incautos, enganando neófitos, aniquilando adversários e conquistando aliados, justamente, desse jeito, que funciona boa parte da política que movimenta o Brasil. Não se iluda.  

Por que não tirar proveito de uma situação desfavorável? Como manter um discuso antagônico ao preconizado pelas autoridades sanitárias quando o mundo enfrenta uma pandemia de coronavírus? A resposta, a curto prazo, é muito fácil: sendo oportunista.

Pelo jeito, o pensamento do presidente Jair Bolsonaro não mudou em relação a uma doença que já matou mais de 96 mil brasileiros, mas uma coisa ele está fazendo muito bem. Aproveitando a concessão do Auxílio Emergencial (o qual ele não era muito favorável) para se aproximar dos mais vulneráveis economicamente - potenciais eleitores satisfeitos com o auxílio financeiro. Embora Bolsonaro  já disse, recentemente, que "não dá pra continuar muito" o pagamento do benefício por causa do alto custo dele. 

Será que já dá para retomar a economia? Para Bolsonaro, sim. Ao responder um de seus apoiadores que agradeceu a ajuda de R$ 600 disponibilizada pelo governo em decorrência da pandemia de Covid-19, Bolsonaro afirmou que "não dá para continuar muito porque, por mês, custa R$ 50 bi. A economia tem que funcionar. E alguns governadores teimam ainda em manter tudo fechado".

No entanto, cogita-se que o auxílio emergencial pode ser estendido até dezembro. A questão é: teimam em manter tudo fechado ou seguem as autoridades sanitárias que recomendam o isolamento social para evitar a propagação do coronavírus e o colapso no sistema de saúde? Cabendo ressaltar que, de acordo com o Ministério da Saúde, a Covid-19 está presente em 98,2% dos municípios brasileiros. Não atoa, até o dia 25 de julho, o Brasil ocupava a segunda posição em relação ao número de casos (2.394.513) e ao registro de óbitos (86.449). Hoje, o país conta 96.326 óbitos registrados e 2.817.473 diagnósticos de Covid-19.

Por tudo isso, enquanto essa pandemia durar se proteja e não se iluda!

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