Profissionais que atuaram na linha de frente contra Covid-19 no Hospital de Castanhal reivindicam salários atrasados.

Centenas de profissionais que atuaram no tratamento da Covid-19 no Hospital Regional de Castanhal, nordeste do Pará, reclamam da demora para receber salários atrasados referente aos últimos dois meses. De acordo com os funcionários, a unidade passou por demissão em massa, após queda de casos da doença na região. O hospital está sendo desativado pela Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa), devido à mudança da bandeira de risco em relação ao novo coronavírus, e deve passar por processo de desinfecção. A unidade hospitalar era usada para atender exclusivamente pacientes com Covid-19. 


O comunicado de dispensa foi assinado no último sábado (17). De acordo com um dos funcionários desligados, a previsão do pagamento seria na sexta (23), mas os trabalhadores foram até o departamento de recursos humanos e nada foi resolvido. Eles dizem que só devem assinar a rescisão contratual quando os salários atrasados forem pagos pela Sespa. "Estávamos na linha de frente sempre, inclusive muitos profissionais adquiriram Covid-19 na assistência aos pacientes. Fomos totalmente expostos para agora sermos descartados e desprezados como lixo. É muito revoltante! Só queremos salvar vidas. Nós salvamos muitas vidas. E em questão de dias estávamos todos no meio da rua", afirma o profissional.

Entre os trabalhadores desligados estão enfermeiros, médicos, equipe de higienização, copa, maqueiros, diretoria, gerência assistencial. O grupo afirma que muitos não têm condições de ser transferidos para outro município.

Em nota divulgada na última quinta (15), a Sespa disse que serão lançados editais de contratação de Organização Social para gerir as unidades hospitalares dentro do perfil de atendimento necessário para a região de Castanhal. Sobre os pagamentos atrasados, a Sespa disse neste sábado que "está aguardando a Organização Social responsável dar entrada nos documentos pendentes para então realizar o repasse da verba" (Com informações do portal G1).


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