Brasileiro detido por lei anti-terrorista chega ao Rio de Janeiro.

(Foto:Bom Dia Brasil/TV Globo)
O brasileiro que ficou detido e foi interrogado por oficiais da Scotland Yard no aeroporto de Heathrow, em Londres, quando tentava voltar ao Rio de Janeiro, chegou ao Brasil nesta segunda-feira, 19. David Miranda, de 28 anos, é companheiro de Glenn Greenwald, jornalista norte-americano que revelou a estratégia de espionagem eletrônica do governo dos Estados Unidos, feita pela Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês). Conforme mostrou a reportagem do 'Bom Dia Brasil'.

De acordo o jornal britânico “The Guardian”, David retornava de uma viagem a Berlim quando foi parado por oficiais às 8h30 (horário de Londres) e informado de que iria passar por um interrogatório. O jornalista Glenn Greenwald disse que, se as autoridades britânicas tinham a intenção de intimidá-lo ao interrogar David Miranda, agora mesmo é que ele vai publicar ainda mais documentos e informações a respeito de espionagens. "Eu vou fazer reportagens com muito mais agressão do que antes, eu vou publicar muito mais documentos do que antes. Eu vou publicar muitas coisas sobre a Inglaterra também. Eu tenho muitos documentos sobre o sistema de espionagem da Inglaterra. Agora o meu foco vai ficar lá também. E acho que eles vão se arrepender do que fizeram", afirmou.

Desde de 5 de junho o jornalista Glenn Greenwald revela como funcionam os esquemas de ciberespionagem da NSA, com base nas informações vazadas pelo ex-agente da CIA,  Edward Snowden ."Deter meu companheiro por nove horas enquanto negava um advogado a ele e depois tomar grandes quantidades de seus pertences é claramente uma tentativa de mandar uma mensagem de intimidação àqueles que como nós temos reportado sobre a NSA e a GCHQ", disse.

O caso chegou até ao Parlamento britânico, onde a oposição vai cobrar explicações do governo sobre a detenção do brasileiro. O Parlamento também se manifestou nesta manhã, afirmando que vai questionar o procedimento da polícia britânica.

Ontem o Itamaraty se manifestou sobre o ocorrido e classificou o ato como "injustificável", avisando que o "governo brasileiro espera que incidentes como o registrado hoje com o cidadão brasileiro não se repitam". ( As informações são do "Bom Dia Brasil").

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