Morte de dançarino do 'Esquenta' foi provocada por um tiro.

 Dona Maria de Fátima da Silva, mãe do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, afirmou nesta quarta-feira, em entrevista à Rádio CBN, que a causa da morte do rapaz foi hemorragia interna provocada por objeto transfixante, ou seja, um tiro. O corpo do jovem, conhecido como 'DG', foi encontrado em uma creche no Morro do Pavão-Pavãozinho, em Copacabana. 

De acordo com dona Maria, o filho foi à favela visitar a filha de 4 anos. Ela afirma que uma testemunha presenciou o crime: "Ele pegou a namorada, que rema, e subiu o morro. Teve troca de tiros 1h da madrugada, e 9h começou o entra e sai de PM na creche, que estava fechada. Tinha uma pessoa dentro da creche que viu tudo isso. Mas ela não vai mostrar a cara porque nossa segurança é falha. Ele foi torturado até a morte e o laudo mostra isso".


A mãe de DG não acredita na hipótese do filho ter sido confundido com traficantes: "Ele tinha uma história de picuinha com os policiais da UPP. Em março de 2011 roubaram a moto dele. O Douglas brigou com os policiais e foi preso, levado para a UPP. Depois, encheram o tanque da moto dele de areia. A moto ainda esta rodando em Nova Iguaçu porque várias multas chegaram aqui em casa. Essa gente tem o hábito de pegar as pessoas no meio da madrugada para matar".

Maria de Fátima acredita que o corpo do filho teria desaparecido, não fosse o protesto dos moradores: "Gente corajosa e peituda. Se não meu filho ia ser mais um desconhecido, mais um enterrado na lama, que só encontram carcaça. Estavam tentando tirar o corpo do Douglas da creche quando os moradores chegaram. Meu filho ia virar outro Amarildo - disse, referindo-se ao pedreiro Amarildo Dias de Souza, que desapareceu após ser levado por policiais militares para a sede da UPP Rocinha, em julho do ano passado. 


De acordo com informações divulgadas no jornal "Extra", inconformados com a morte do rapaz, que fazia parte do elenco do programa “Esquenta”, da TV Globo, moradores acusaram policiais da UPP de terem espancado Douglas, e protestaram nas ruas de Copacabana. Parte da comunidade ficou sem luz".

"O laudo diz que ele tinha afundamento no crânio, corte no supercílio e soco no nariz. Mas a causa morte foi hemorragia por um objeto transfixante, que atravessou o pulmão dele" - disse.


Nesta quarta-feira, o governador Luiz Fernando Pezão divulgou nota afirmando que "determinou empenho total à Policia Civil na investigação da morte de Douglas Pereira". O texto informa, ainda, que o governador "aguarda o resultado das investigações para tomar as medidas cabíveis".

Fontes: Rádio CBN, G1 e Jornal Extra.

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