Para Siqueira, Marina Silva não representa legado de Eduardo Campos.


Carlos Siqueira, ex-coordenador-geral da campanha de Eduardo Campos à Presidência e secretário-geral do PSB, fez críticas a Marina Silva, atual candidata do partido ao Palácio do Planalto, nesta quinta-feira (21), ao deixar a coordenação após se desentender com a ex-senadora. 

Ao sair da reunião do PSB no início da tarde, Siqueira falou com jornalistas e mandou um recado para Marina: “ela que vá mandar na Rede dela”, afirmou, em referência ao grupo político de Marina, a  Rede Sustentabilidade. Siqueira confirmou a saída da coordenação nesta manhã, antes de reunião do PSB com os demais partidos da coligação marcada para confirmar a candidatura de Marina no lugar de Eduardo Campos.  “Magoado, eu não estou, não. Não tenho mágoa nenhuma dela. Apenas acho que quando se está numa instituição como hospedeira, como ela é, tem que se respeitar a instituição, não se pode querer mandar na instituição. Ela que vá mandar na Rede dela porque no PSB mandamos nós”, disse Siqueira.


O ex-coordenador da campanha disse ainda que Marina não representa o legado de Eduardo Campos e que, por isso, não vai fazer campanha para ela. “Acho que ela não representa o legado dele [Eduardo Campos] e está muito longe de representar o legado dele. Eu não vou fazer campanha para ela porque eles eram muito diferentes, politicamente, ideologicamente, em todos os sentidos”, afirmou Siqueira, que também criticou o fato de, na opinião dele, Marina ter feito alterações na equipe da campanha sem consultar o PSB. “Ora, ela nomeou o presidente do comitê financeiro da campanha, cuja responsabilidade da prestação de contas é do partido. Ela não perguntou nada ao PSB, ao invés de discutir o assunto com o partido […] Nós não podemos oferecer o partido a uma candidatura que procede dessas maneiras”, disse.


Pouco depois das declarações de Siqueira, Marina deixou a reunião que estava fazendo com os demais partidos da coligação e foi questionada por jornalistas sobre a reação do secretário. Ela classificou a fala como “equívoco” e “incompreensão” e a atribuiu à “gravidade do momento, ao tensionamento”. “Há que ter compreensão com as sensibilidades das pessoas e essa compreensão, essa capacidade eu tenho. Sempre digo que prefiro sofrer uma injustiça a praticar uma injustiça”, disse. Ela ainda acrescentou que tem “profundo respeito” pelas pessoas. “Ainda mais nesse momento de dor”, disse em referência à morte de Eduardo Campos.

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Com informações do G1

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