Lula critica revistas em discurso no Dia do Trabalho.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou, nesta sexta-feira, durante ato unificado do Dia do Trabalhador no Centro de São Paulo, revistas e jornalistas, a quem acusou de não ter 10% de sua honestidade. Envolvido pelas revistas Veja e Época em supostos esquemas que variam de sua relação com investigados na Operação Lava Jato a tráfico internacional de influência, Lula fez duras críticas às publicações. "Vejo nas revistas brasileiras, que são um lixo, as insinuações. Eles querem pegar o Lula, mas me chama para a briga que eu gosto", afirmou. "Quero dizer aqui, na frente das crianças: pega 10 jornalistas da Veja, da Época, e enfia um dentro do outro que não dá nem 10% da minha honestidade.”


De acordo com a edição da revista Veja da última semana, o ex-presidente da construtora OAS, Léo Pinheiro, tem estudado a possibilidade de selar acordo de delação premiada na Operação Lava Jato. Ele poderia, segundo a publicação, implicar Lula, de quem seria amigo pessoal.

Segundo a reportagem, Lula teria pedido, em 2010, para que o ex-presidente da empreiteira providenciasse a reforma de um sítio em Atibaia (SP). Segundo a revista, a propriedade é apontada por políticos e amigos do petista como sendo do ex-presidente. O local, porém, está registrado no nome de Jonas Suassuna e Fernando Bittar, sócios de Fábio Luís da Silva, filho do petista.

Outro favor feito por Pinheiro ao ex-presidente, segundo a publicação, foi a incorporação de prédios inacabados da Cooperativa dos Bancários (Bancoop) - ligada ao PT - pela OAS. De acordo com a reportagem, a empresa construiu um prédio na praia do Guarujá onde Lula e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto têm apartamentos.

Além disso, o ex-presidente da OAS teria ajudado a ex-chefe do escritório da Presidência da República e amiga de Lula, Rosemary Noronha.

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Tráfico de influência


Segundo reportagem da revista Época desta semana, o Ministério Público Federal (MPF) abriu, há uma semana, investigação contra Lula por tráfico de influência internacional e no Brasil.

De acordo com a publicação, o petista teria usado sua influência para facilitar negócios da Odebrecht com governos de outros países onde a empresa é responsável por obras financiadas com dinheiro do BNDES.

Duro em suas declarações, o ex-presidente disse, hoje, que não há um membro da elite brasileira que não tenha sido ajudado pelo governo. “Não tem um cara da elite brasileira que já não tenha recebido favor do Estado brasileiro, que tenha sido salvo pelo Estado brasileiro. (...) Cada um que olhe para o seu rabo”, afirmou o petista.

“Aos meus detratores: eu vou andar este país outra vez, e vou conversar com os desempregados, os camponeses, os empresários. Vou começar a desafiar aqueles que não se conformaram com o resultado da democracia", disse.

Com informações do portal da Band | Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula.