Mizael Bispo de Souza é condenado a 20 anos de reclusão pela morte de Mércia Nakashima.

"Caso Mércia Nakashima" - Mizael Bispo de Souza foi condenado a 20 anos de reclusão pela morte de Mércia Nakashima, em regime inicial fechado. O julgamento durou quatro dias. A pena do réu foi aumentada em dois anos em razão da reprovabilidade da personalidade de Mizael. Durante a leitura da sentença, o juiz Leandro Cano afirmou que Mizael agiu "premeditadamente, consumando crime em lugar ermo".

[ Juiz Leandro Cano | Foto: Momento Verdadeiro]

Os jurados acolheram as três qualificadoras para o crime --motivo fútil, meio cruel e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Mas segundo informações do portal de notícias "G1", o juiz usou apenas o meio cruel como qualificadora na pena, e o recurso que a impediu a defesa, como agravante. O juiz disse também que Mizael mentiu e tentou desviar as investigações. O veredicto do caso Mércia Nakashima foi   dado no quarto dia de júri,  no Fórum Criminal de Guarulhos, na Grande São Paulo. 

Quarto dia de júri dia é marcado por debates entre a defesa e a acusação. 

A acusação - afirmou que o policial militar aposentado Mizael Bispo de Souza matou Mércia Nakashima e tinha motivos para cometer o crime. O promotor Rodrigo Merli Antunes disse que Mizael se sentia rejeitado pela ex-namorada. O promotor ainda declarou que, para tirar o PM aposentado da cena do crime, seria preciso que todas as provas presentes no inquérito fossem coincidências.  "O réu Mizael Bispo de Souza matou, sim, Mércia Nakashima e tinha, sim, motivos para isso, se sentia rejeitado, se sentia 'o lixo dos lixos' em e-mail trocado [com a vítima] em abril de 2010", declarou o promotor. 

Ainda segundo o promotor para que Mizael ser considerado inocente "não existem excesso de coincidências. É preciso acreditar que o sangue não é sangue, que a alga não é alga, que a prostituta existe, que o rastreador falhou, que o Evandro foi torturado para que ele seja inocente", afirmou o promotor.

[Foto: Diogo Moreira/Frame/Estadão Conteúdo]

A defesa - sustentou que Mércia procurava Mizael e que não o estava rejeitando. O advogado Samir Haddad Júnior afirmou  que o réu “é incapaz de matar alguém”. Mizael é acusado de matar a ex-namorada Mércia Nakashima na represa de Nazaré Paulista, em 2010, porque ela não queria reatar o relacionamento.

Família de Mércia Nakashima -  Após ouvir a sentença, a irmã de Mércia, Cláudia Nakashima comemorou a pena. E a mãe de Mércia, Sra. Janete Nakashima, chorou.

[Mizael Bispo de Souza viatura da Polícia Militar |Foto: Werther Santana/Estadão Conteúdo]

Família de Mizael Bispo -  Os irmãos ouvem sentença com os olhos baixos. 

Mizael ouviu a condenação com olhos fechados e com as mãos juntas, como que rezando.

A defesa de Mizael já apresentou recurso contra a sentença em plenário.

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Reportagem da Equipe do Momento Verdadeiro/Com informações do portal G1.