Usar dízimos e ofertas para ajudar os pobres ainda é uma utopia.

O apóstolo Paulo ensinou que os cristãos deveriam dar voluntariamente e com alegria: "Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria" (2 Coríntios 9:7). Um artigo de Washington Luiz, teólogo e jornalista,  que tem  objetivo de provocar uma reflexão usando figuras de linguagens, dados históricos, e descrevendo detalhes significativos sobre o uso das colaborações financeiras que os fiéis cristãos entregam voluntariamente nas igrejas, geralmente uma vez por mês, como doação, obrigação, ou mesmo devolução, conhecida como "dízimo" que tem sido usada de várias maneiras ao longo dos anos, conforme pode ser conferida aqui:  "Dízimo! Quem são os verdadeiros ladrões?".
Não estamos aqui falando do reconhecimento doutrinário, da boa fé de quem colabora, mas é fato que há muitos paradoxos no que diz respeito a aplicação desses recursos e sua forma de captação do ponto de vista religioso. Na igreja contemporânea há algumas denominações que até apelam para sentimentalismo, outras usam interpretações alegóricas de textos do Velho Testamento (Bíblia Sagrada) para conquistar mais colaboradores, ora barganhando bençãos, ou mesmo, as vezes, ameaçando os incautos com maldições.   

A teologia da prosperidade sustenta que o fiel não alcançará benefícios se não contribuir financeiramente.  Ela vende a ideia  que para receber de Deus o fiel tem que colaborar financeiramente com a igreja. Certa denominação, por exemplo, entrega um envelope para o fiel colocar uma doação (dinheiro) acompanhada de seu pedido com a promessa de que Deus responderá, e, se porventura o fiel ainda não conquistou sua resposta é porque pode ter lhe faltado fé, ou mesmo o Senhor ainda não enviou sua benção(...). Esses são apenas alguns argumentos corriqueiros.

Geralmente essas instituições trabalham com o positivismo, exploram bons resultados, testemunhos, daqueles fiéis que alcançaram o favor divino através de sua própria e esforço, melhor dizendo, sem receber nenhum apoio financeiro da igreja, que ao contrário está sempre conquistando mais patrimônios. Seus recursos são multiplicados e transformam-se em verdadeiros impérios, com direito a emissoras de televisão, fazendas, imóveis, carros luxosos, jatinhos, etc. E nesse caso vemos que está explícito um comprometimento maior com as "metas", arrecadações,  em detrimento da missão evangelística, que fica como um  fundo de tela em um sistema operacional. 

As igrejas que seguem o modelo do Novo Testamento receberão dinheiro de contribuições voluntárias dos cristãos. Em  alguns casos, em que há irmãos pobres dentro da congregação, elas poderiam usar esse recurso para ajudar, mas isso é exceção, afinal , a grosso modo, a  proposta da teologia da prosperidade é receber e não dar.  

E o que estamos vendo hoje é que mundo corporativo conquistou verdadeiramente seu espaço entre os "irmãos". Exemplo disso: pagando mais de R$60 por mês, e mantendo seu carnê em dia com a igreja, o fiel contemporâneo terá benefícios, é o que garante a empresa Mongeral, que criou um pacote para fiéis da Igreja Renascer que incluem indenização em caso de morte, acidente e ainda o fiel receberá números todos os meses com os quais ele concorrerá a prêmios de R$ 5.000 a serem sorteados pela Loteria Federal.

Finalmente embora muitas igrejas pregam a obrigatoriedade do dízimo e  sugerem que aqueles que não dão 10% não serão abençoados por Deus. Infelizmente, talvez por falta de conhecimento das escrituras, estão deixando de fazer a distinção que Jesus Cristo e os apóstolos fizeram entre o Velho e o Novo Testamento. Quando o dízimo era parte da Lei de Moisés, dada por Deus aos israelitas. Passagens tais como Malaquias 3:10, que é usada freqüentemente para exigir o dízimo atualmente, foram escritas para os judeus alguns séculos antes que Cristo morresse para completar essa lei. Não estamos sob essa lei (Gálatas 3:23-25; 5:1-4; Romanos 7:6). Não há uma única passagem no Novo Testamento que autorize as igrejas a exigir dízimo.  Por fim, que cada um contribua conforme suas condições e sem medo.(2 Coríntios 9:7).

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Comentários

  1. PARABÉNS AO AUTOR DESTE EXCELENTE ARTIGO, POR ESSE E OUTROS MOTIVOS QUE AS PESSOAS ESTÃO DEIXANDO DE CONHECER O MANUAL DO HOMEM "A BÍBLIA" E CONSEQUENTEMENTE DEIXANDO DE CONHECER A VERDADEIRA FIGURA DE JESUS CRISTO O SALVADOR, POIS MUITAS PESSOAS ESTÃO DECEPCIONADAS COM IGREJAS E PASTORES QUE FAZER DA PALAVRA DE DEUS UM MEIO DE GANHAR DINHEIRO FACILMENTE DISTORCENDO O QUE ESTÁ ESCRITO NA BÍBLIA. MAS PARA VOCÊS QUE PRATICAM ISSO EU DEIXO UM RECADO DE EZEQUIEL 33 E 34. HA APROVEITEM E LEIAM TAMBÉM MATEUS 25:31, ABRAÇOS. LUIZ

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