"Rato em Coca-Cola", é o assunto do momento; diz professor.

"Os desafios da Coca-Cola diante de uma grave reclamação", esse é o título do artigo de Marcos Morita, que é mestre em Administração e professor de estratégia e marketing na Universidade Mackenzie, publicado nesta segunda-feira, da 23 de setembro, no site Administradores.

Sabemos que a internet é uma ferramenta de extrema importância para o mundo corporativo. Marcos Morita mostra em seu artigo que tentar abafar os problemas ou escondê-los de outros consumidores pode causar consideráveis perdas para as empresas no futuro. O mestre fez um comparativo entre o início do século e hoje e citou o exemplo da Bratemp e United Airlines: "um refrigerador colocado em frente a sua casa poderia chamar a atenção de alguns poucos vizinhos. Não foi exatamente o que aconteceu com a Brastemp, envolvida em um caso de marketing viral ou então a United Airlines, onde um músico criou uma canção para demonstrar o mau atendimento recebido quando sua guitarra de estimação foi destruída em um voo doméstico. Cinco milhões de visualizações em cerca de trinta dias e perda de U$ 180 milhões no valor das ações."


De acordo com o professor, apesar da mensagem fria e técnica publicada pela Coca-Cola em sua página no Facebook, com certeza este assunto voltou a ser pauta de reunião na poderosa empresa, desta vez comentando a reportagem publicada na mídia e o viral que o vídeo se tornou. Consultando hoje a página do Youtube, dez dias depois de postada a matéria, já são mais de dois milhões e duzentos mil acessos, crescendo a um ritmo de progressão geométrica. "A considerar os fatos recentes e as marcas envolvidas, creio que as corporações não tem andado na mesma velocidade da web, sendo atingidas de maneira fulminante pela rapidez com que as informações trafegam pela rede. As ações e reações atabalhoadas de seus funcionários comprovam a falta de processos e planejamento para lidar com situações de exposição extrema." 


"Enfim, acredito que o assunto ainda dará muito pano para manga nas próximas semanas, cujo desfecho ainda é incerto em face da morosidade da justiça. De qualquer maneira o estrago, mesmo que momentâneo, já está feito. Como exemplo, este é o assunto do momento na escola da minha filha de nove anos, cujas crianças já trocaram a cor do líquido em seus copos no recreio, incentivados por pais conscientes que tentam aproveitar a deixa. Enquanto isso lá na sede da filial, reclamações não mais passarão despercebidas, mesmo que seja uma simples e inofensiva cabeça de rato", concluiu o professor.