Deputada afirma que seu marido, prefeito preso pela PF, é “exemplo de gestor”.

A esposa do prefeito de Monte Claros, Ruy Muniz, que foi preso nesta segunda-feira, 18, pela Operação Máscara da Sanidade 2, da Polícia Federal, a deputada federal Raquel Muniz, defendeu o marido e disse que não há razões jurídicas para a prisão preventiva dele.

De acordo com a Polícia Federal, o prefeito Rui Muniz e a secretária de Saúde Ana Paula Nascimento retiraram cerca de 26 mil consultas especializadas e 11 mil exames dos hospitais, deixando de prestar serviços correspondentes pela rede municipal, o que prejudicou a população. Ainda segundo a PF, além disso, desde julho de 2015, Ruy Muniz estaria empregando dinheiro público para divulgar em veículos de comunicação uma campanha difamatória contra os hospitais públicos e filantrópicos, inclusive se valendo de informações falsas. 

O caso ganhou repercussão nacional depois da votação da admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no plenário da Câmara dos Deputados no último domingo, na ocasião a deputada Raquel Muniz, que votou a favor da continuidade do processo, enalteceu o marido e até citou ele como “exemplo de gestor”. 

Através de nota divulgada pelo PSD, Raquel Muniz voltou a elogiar o marido e argumentou que não há razões jurídicas para a prisão preventiva do marido “Montes Claros tem um gestor íntegro, ético e que preza pela transparência das suas ações”. Para a deputada, a investigação da Polícia Federal é motivada por “razões de outras ordens” e “não republicanas”.  Ela também disse que está à disposição da Justiça e da sociedade para fazer os esclarecimentos necessários. 

Sobre a Operação Máscara da Sanidade 2 - Nesta operação, a PF investiga crimes de falsidade ideológica, dispensa indevida de licitação pública, estelionato, prevaricação e peculato. 

Washington Luiz, repórter do Momento Verdadeiro.

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