Contaminação pelo HIV é oito vezes maior entre usuários de crack.
A contaminação pelo vírus HIV entre os usuários de crack no Brasil é oito vezes maior do que na população em geral. Enquanto no grupo das pessoas que consomem regularmente esse tipo de droga ilícita a prevalência é 5%, no conjunto da população brasileira é 0,6%. O dado está na pesquisa Perfil dos Usuários de Crack e/ou Similares no Brasil, divulgado hoje (19) pelos ministérios da Justiça e da Saúde. Encomendado pela Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (Senad) à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o estudo revela as principais características epidemiológicas dos usuários de crack e outras formas similares de cocaína fumada - pasta-base, merla e oxi - no país e é considerado o maior e mais completo levantamento feito sobre o assunto no mundo. Os dados também revelam um aspecto que pode estar associado a esse panorama de maior contaminação: mais de um terço dos usuários (39,5%) informou não ter usado preservativo em nenhuma das relações sexuais vaginais no mês anterio