As manifestações contra o governo, em 26 Estados e no Distrito Federal, acenderam o sinal amarelo no Palácio do Planalto. A avaliação foi a de que os protestos conseguiram "colar" a imagem da presidente Dilma Rousseff e de seu padrinho, Luiz Inácio Lula da Silva , ao escândalo de corrupção da Petrobrás, principalmente na classe média. O governo acredita, ainda, que o PSDB "partidarizou" os movimentos, na tentativa de fazer avançar a tese do impeachment. Em reunião com ministros que compõem a coordenação política, à noite, Dilma disse considerar que a população, embora insatisfeita, não vai apoiar iniciativas "golpistas". Mesmo assim, o diagnóstico foi o de que o governo enfrenta muitas dificuldades para vencer a batalha da comunicação e precisa tomar medidas de impacto para mostrar que entende o recado das ruas. Uma reforma administrativa, com corte de ministérios, está em estudo, mas Dilma ainda não bateu o martelo sobre o novo desenho da equipe.